Na terça-feira, 11 de março de 2025, a 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho proferiu a sentença de condenação de Carlos Alexandre Santos Araújo e Retle Nakuxi Sousa Lisboa por homicídio triplamente qualificado. A pena de Carlos Alexandre foi fixada em 21 anos, além de ser condenado por ocultação de cadáver, enquanto Retle Nakuxi recebeu a pena de 14 anos, ambos em regime inicialmente fechado.
O julgamento, que durou quase 12 horas, foi presidido pela juíza substituta Eloise Barreto. O caso remonta ao dia 9 de novembro de 2023, quando, em uma residência localizada na rua Alexandre Guimarães, no bairro Jardim Santana na zona leste de capital, os condenados tramaram um encontro com a vítima, Felipe Dias Campos. Durante o encontro, Felipe foi brutalmente assassinado com chutes, socos, golpes de mangueira, facadas e cortes no pescoço. A motivação do crime foi atribuída a ciúmes, conforme os autos.
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O corpo de Felipe foi encontrado 11 dias depois em um poço, após ser ocultado pelos réus. Durante o julgamento, os jurados reconheceram as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e de forma que impossibilitou a defesa da vítima, o que resultou nas penas elevadas para os acusados.
O homicídio seguido de ocultação de cadáver foi submetido a júri popular, composto por sete jurados sorteados entre cidadãos da comunidade. Durante as quase 12 horas de sessão, a defesa e a promotoria interrogaram os réus e testemunhas, com a magistrada Eloise Barreto também conduzindo questionamentos para elucidar os fatos.
A condenação dos réus é um reflexo da gravidade do crime cometido e do trabalho das autoridades judiciárias para levar os responsáveis à justiça. A família da vítima aguarda o cumprimento da sentença e a sociedade acompanha com atenção os desdobramentos desse caso, que gerou grande comoção na cidade.