Casal é preso em Rondônia após aplicar golpe do falso pix e causar prejuízo de mais de R$ 60 mil

Utilizando comprovantes forjados, os suspeitos realizavam compras de grande valor em estabelecimentos da Zona da Mata e simulavam erros na geração de QR Codes para obter mercadorias.

Por Jornal Rondônia

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Na manhã desta segunda-feira (3), a Polícia Civil prendeu um casal suspeito de aplicar o golpe do “falso pix” em Cacoal, na região de Rondônia. O crime, que vinha sendo investigado pela polícia, causou prejuízos superiores a R$ 60 mil em estabelecimentos comerciais da Zona da Mata. O casal utilizou um esquema sofisticado para conseguir comprovantes de pagamento e realizar compras de grandes valores, acima de R$ 5 mil.

De acordo com o delegado Fábio Moura de Vicente, responsável pela investigação, o homem envolvido no golpe fazia compras de valores baixos inicialmente, para observar os procedimentos e obter informações dos comerciantes. Com essas informações em mãos, o casal então forjava comprovantes de pagamento e retornava aos estabelecimentos para realizar compras de valores elevados.

O modus operandi do casal era bastante discreto. Durante o pagamento, o suspeito alegou problemas na geração do QR Code e solicitou o uso dos dados do CNPJ para realizar a transferência. Quando o comprovante falso foi apresentado, os comerciantes, acreditando que a transação havia ocorrido corretamente, liberaram as mercadorias. Esse método, que foi repetidamente utilizado, permitiu que o casal fizesse negócios na região com prejuízos expressivos.

Além disso, o delegado revelou que o casal já havia sido preso anteriormente por crimes semelhantes em outras cidades da região, como Rolim de Moura, onde possuem um estabelecimento de alimentação, e utilizavam as mercadorias obtidas nos golpes em seus próprios negócios.

Prevenção e Cuidados para Comerciantes

O advogado especializado em direito criminal, Roberto Grécia, alertou os comerciantes sobre a importância de adotar medidas preventivas para evitar prejuízos causados ​​pelo golpe do “falso pix”. Ele recomenda que os empresários confirmem as normas dos comprovantes de pagamento por meio dos canais oficiais dos bancos antes de liberar qualquer mercadoria.

“É essencial que as equipes estejam treinadas para identificar sinais de fraude, como discrepâncias nas informações e comprovantes com características atípicas”, destacou Grécia. O advogado ainda enfatizou que, caso o comerciante desconfie de alguma fraude, o primeiro passo deve ser entrar em contato com uma instituição financeira para bloquear ou estonar a transação e registrar imediatamente um boletim de ocorrência.

O golpe do “falso pix” pode ser enquadrado como estelionato, com pena prevista de até 6 anos de prisão, conforme o Código Penal Brasileiro.

A polícia segue as investigações e pede à população que, em caso de identificação de ações semelhantes, procure as autoridades para garantir que o crime não continue a se espalhar.

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Fonte: Jornal Rondônia

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