Após dois dias, a Estrada do Belmont foi liberada. A via dá acesso a porto e distribuidoras de combustíveis e foi fechada durante um protesto de garimpeiros. O ato foi contra uma operação da Polícia Federal (PF) que combate o garimpo ilegal no rio Madeira, em Porto Velho.
Durante os dois dias a estrada foi fechada com pneus, pedaços de madeiras e restos de eletrodomésticos. Filas de carros e carretas se formaram nos dois lados. Nesta sexta-feira (14) durante a tarde carros e caminhões já conseguiam transitar pela estrada.
O protesto
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Nesta sexta-feira (14), garimpeiros e familiares fecharam a Estrada do Belmont na capital. No dia anterior o mesmo grupo fechou um trecho da BR-319, próximo a ponte sobre o rio Madeira.
Grupo ateou fogo em pneus e pediu a presença de autoridades, em protesto contra a explosão de dragas que atuavam com garimpo ilegal no rio.
Filas de carros e carretas foram formados dos dois lados da via e após mais de três horas de bloqueio, motoristas forçaram a passagem por entre os manifestantes e a rodovia foi liberada.
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Operação no rio Madeira
Embarcações do tipo “dragas”, utilizadas no garimpo ilegal no leito do rio Madeira, em Porto Velho, estão sendo destruídas por uma operação da Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ação iniciou na quarta-feira (12) e não tem data para ser finalizada.
Segundo a PF, a operação busca “desestruturar organizações criminosas que lucram causando prejuízos ambientais com a mineração, modificação do curso natural do rio, destruição da vegetação ribeirinha e interrupção de canais de água”.
Até o momento, mais de 120 embarcações já foram fiscalizadas e, de acordo com a polícia, todas as medidas administrativas legais e necessárias para a desestruturação da prática do garimpo ilegal foram tomadas.
Ainda segundo a PF, a destruição das dragas foi necessária por não ser possível guardar, transportar ou apreender os equipamentos das embarcações.
O rio Madeira é considerado uma Área de Proteção Ambiental (APP), e não tem a atividade de garimpo permitida no local.