10 recenseadores do IBGE são assaltados em Porto Velho em menos de um mês

Depois que são assaltados, os trabalhadores ficam impossibilitados de dar continuidade ao Censo. IBGE afirma que aparelhos levados por criminosos não tem valor de mercado.

Por Jornal Rondônia

Publicado em:

Desde o dia 1º de agosto, quando iniciou o Censo 2022, dez recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já foram vítimas de assalto em Porto Velho.

Em entrevista ao jornal, um agente supervisor do IBGE contou já ter presenciado assalto contra uma equipe que fazia a entrevista do Censo na capital de Rondônia.

“Chegou um rapaz de moto, já abordando e pedindo os aparelhos (usados na coleta dos dados). A todo momento ele dizia que estaria com arma. Tinha uma recenseadora com uma mochila e ele a pegou, e depois pediu que os demais recenseadores jogassem todos os aparelhos dentro daquela mochila. Ainda tentei ir atrás para identificar alguma questão de placa, alguma coisa, mas não tive como pegar nenhuma característica assim da moto”, contou o agente, preferindo não se identificar.

Em menos de um mês, o IBGE afirma que dez recenseadores foram roubados nas ruas de Porto Velho.

Veja também: Recenseadora do IBGE sofre tentativa de estupro durante entrevista em RO
Depois que são assaltados, os trabalhadores ficam impossibilitados de dar continuidade ao Censo, isso até que outro Dispositivo Móvel de Coleta ( DMC) seja disponibilizado.

Um dos trabalhadores roubados lembra do medo que sentiu durante o assalto. “Graças a Deus não aconteceu nenhum tipo de agressão, todos ficaram bem. Claro que o nervosismo e o medo daquela situação deixaram algumas pessoas abaladas”, conta.

Segurança dos dados
Jorge Elarrat, coordenador operacional do Censo 2022, diz que o dado de nenhum morador corre risco de ser vazado depois que o DMC é roubado.

Segundo ele, as informações dos entrevistados são enviadas para o sistema do IBGE logo após a pesquisa e podem ser acessadas apenas com senhas.

O IBGE diz ainda os programas são destruídos automaticamente ou quando o equipamento DMC se conecta à Internet.

Além disso, o instituto informou que o DMC não é smartphone e não tem valor de mercado. “Ao ser roubado ou furtado, ele é automaticamente rastreado, apagado e inutilizado. De modo que, uma vez desviado por terceiros, o DMC não passa de um toco ou de um tijolo, sem nenhuma funcionalidade ou utilidade”.

Fonte: Jornal Rondônia

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.