A Justiça de Rondônia realizou a primeira audiência de instrução e julgamento de Gilmar de Sousa Castro, o sargento da PM acusado de matar e jogar no rio Madeira o corpo da esposa, Lindalva Galdino.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Rondônia, o caso está em fase de instrução, ou seja, foram ouvidas na semana passada testemunhas e coletados documentos que servirão como prova de ambas as partes (acusação e defesa).
Somente depois o juiz vai proferir uma sentença de pronuncia, determinando se os acusados vão a Júri Popular, ou não.
A denúncia que tramita na Justiça é contra dois homens: Gilmar de Sousa Castro, o esposo de Lindalva, e Alessandro de Sousa Castro, apontando como comparsa na ocultação do corpo. Os dois acusados seguem presos.
Saudades e esperança de justiça
Ao jornal, a filha de Lindalva, Elane Araújo da Silva, diz que sua maior esperança é ver o ex-padrasto sendo condenado pelo assassinato da mãe.
“Essa primeira audiência foi muito dolorida, mas graças a Deus os policiais que prestaram o depoimento trouxeram a verdade daquele dia e disseram que desde o primeiro momento o [Gilmar] se apresentou frio . Estou muito ansiosa pelo resultado do julgamento, pois quero que ele seja logo condenado”, fala.
O crime aconteceu há quatro meses em Porto Velho e, segundo Elane, para a família permanece a saudade e a busca pela justiça.
“É difícil pra mim e minhas irmãs dizer adeus! Mas agradeço a Deus por ter pessoas ao meu lado pra segurar minha mão e me acalentar, pois a forma que ela partiu tirou de mim todas as forças”, diz.
O crime
O corpo de Lindalva Galdino, 52 anos, foi localizado no rio Madeira perto do ramal Maravilha, em Porto Velho, em julho deste ano. O esposo dela e principal suspeito do crime, Gilmar de Sousa Castro, sargento da Polícia Militar, foi quem indicou a localização do corpo.
A ocorrência foi atendida após familiares passarem a procurar notícias do paradeiro de Lindalva. Após a mulher se achada morta, o marido disse inicialmente aos policiais que o tiro foi acidental.
No entanto a família não acreditou na versão sobre uma morte por acidente.
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