Numa espécie de desabafo, o Secretário-chefe da Casa Civil do Governo Marcos Rocha (Sem partido), Júnior Gonçalves, resolveu quebrar o silêncio e comentar mesmo que de maneira esquiva sobre o período turbulento que o grupo de sua família que já foi forte na região norte do país, vem enfrentando nos últimos meses como o fechamento de lojas em Rondônia e no Acre.
Em postagem nas redes sociais, Júnior tratou de esclarecer que nunca foi administrador ou sócio da empresa do seu pai, mas que trabalhou como funcionário e que viu o “sim o negócio ruir ou quebrar”.
“Quantas pessoas que estão lendo isso não tentaram montar um negócio, um sonho e ele não deu certo? Faz parte da vida. Mas sabe de uma coisa, quando olho para essas fotos da minha esposa e filhos e me vejo casado há 14 anos, vejo que negócios podem ruir, mas a minha família continua, ela é o maior bem que tenho”, ponderou mostrando aos seus seguidores registros de momentos em família.
Em seguida, o gestor da Casa Civil enfatizou que nos momentos difíceis, “quando tudo dá errado, os amigos somem, pastores somem e os colegas somem”, e ressaltou: “mas a família é o esteio que te sustenta na dor, te dá força pra lutar e te entrega propósito pra seguir”.
“O maior legado não é o império que construímos. Do que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma, perder a família? Na busca de ser feliz muitos têm abandonado suas famílias, mas eu digo com propriedade de quem viveu nos últimos anos muitas dores, perdas e muitos xingamentos e calúnias. Nenhuma aventura com novinhas vale mais do que o abraço da esposa, o olhar de confiança dos filhos, o colo da mãe e a firmeza do seu pai”, enalteceu.
Finalizando o queixume na rede, ele acentuou a importância de sempre valorizar a família. “Posso perder tudo, mas com a minha família eu recomeço quantas vezes for preciso, pois só é derrotado quem desiste e eu digo uma coisa, sou teimoso e por eles eu vou lutar com todas as forças que Deus me deu. De valor a sua família. Ela sempre será a maior força quando não te restar mais nada e nem ninguém”, concluiu.
Durante o mês de agosto, a quebradeira, a falência do Grupo Gonçalves foi tema de reportagens em diversos jornais. O principal destaque foi para a arrecadação de quase RS 71 milhões de reais frutos dos leilões e a reclamação de ex-funcionários em relação à demora no pagamento das ações trabalhistas e de acerto salarial.
No leilão do grupo, estavam à disposição dos compradores os prédios dos supermercados, veículos, imóveis e terrenos. Estão esperando o dinheiro arrematado, cerca de 1 mil ex-colaboradores.
Família com comércio quebrado, mas com muito dinheiro. 4 anos de muito dinheiro.