Em Rondônia os níveis dos rios estão subindo dentro da normalidade. A situação hidrográfica é monitorada constantemente pelo governo de Rondônia, na Sala de Situação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e pela Defesa Civil do Estado.
De acordo com o Boletim Diário de Monitoramento de Eventos Hidrometeorológicos Críticos do estado de Rondônia, referente a manhã do dia 20, produzido pela Sedam, os principais rios de Rondônia se mantêm abaixo da cota de alerta para enchente.
O Rio Guaporé, na Estação Príncipe da Beira, em Costa Marques, está a mais de 6 metros abaixo da cota de atenção para enchente. As águas do Rio Candeias, na Estação Santa Isabel, se encontram 4 metros abaixo da cota de atenção para enchente. E o Rio Jamari, que fica na Estação Ariquemes, está 3,29 m abaixo da cota de atenção para enchente.
MAIS ELEVADOS
Com níveis mais elevados aparecem o Rio Madeira, que na Estação Porto Velho, está a 1,84 m abaixo da cota de atenção para enchente; o Rio Mamoré, que na Estação Guajará-Mirim, está mais de um metro abaixo da cota de atenção para enchentes. Em situação de mais atenção encontra-se o Rio Machado, na Estação Ji-Paraná, que se encontra quase na cota de atenção para enchente, faltando apenas 0,52m para atingi-la.
Também merecem um monitoramento especial os rios menores, que quando os dias são de chuvas muito intensas, enchem rapidamente, transbordando, mas em poucas horas voltam a normalidade. Foi o que aconteceu em janeiro com o rio Araras em Cerejeiras, e Pirarara em Cacoal.
MONITORAMENTO CONSTANTE
O coordenador Estratégico Operacional de Proteção e da Defesa Civil Estadual, coronel BM Jaime Fernandes, destacou que os níveis dos rios estão dentro da normalidade, mas o cenário é dinâmico e requer atenção constante. ‘‘Em vários rios, os níveis estão abaixo da normalidade para época do ano, mas seguimos atentos à dinâmica do comportamento dos rios, e preparados para auxiliar as Defesas Civis municipais, e atender a população’’.
LÃ NINÃ TARDIA
O fato dos rios não estarem tão cheios quanto historicamente costumam encher, de acordo com o Boletim Hidrometeorológico, com dados obtidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), está relacionado à este mês está se mostrando com a tendência de ter acumulado de chuva abaixo do normal na maior parte do Estado. Apenas no setor sul, em parte do leste e no sudoeste do estado devem ficar em torno da média.
E isso tem uma explicação. De acordo com a Coordenadoria de Hidrologia do Censipam, a estação chuvosa de 2024/2025 teve seu início tardio em decorrência dos fenômenos climáticos que caracterizaram a estação seca do ano passado. Acrescido da demora no início do fenômeno La Niña, que aumenta a umidade na região.
O Censipam, por meio da plataforma integradora de dados SIPAMHIDRO, faz o monitoramento das bacias hidrográficas da Amazônia Legal, analisando os dados fornecidos pela rede hidrometeorológica nacional. Os dados também podem ser consultados pelo público por meio do aplicativo SipamHidro.
Confira a dinâmica dos rios de Rondônia neste período chuvoso:
-Dados atualizados na tarde do dia 20 de janeiro de 2025-
ESTAÇÕES DE RONDÔNIA – SIPAM HIDRO
RIO | NOME | COTA ATUAL (M) | COTA DE ALERTA (M) | COTA DE INUNDAÇÃO (M) |
Madeira | Porto Velho | 13,28 | 15,00 | 17,00 |
Madeira | Abunã | 20,28 | 22,00 | 23,00 |
Abunã | Morada Nova – Jusante | 13,23 | 13,60 | (*) |
Madeira | Uhe Jirau Jusante Rio Beni | 15,44 | (*) | (*) |
Mamoré | Guajará-Mirim | 9,02 | 10,20 | 11,10 |
Jamary | Ariquemes | 8,55 | 6,79 | (*) |
Guaporé | Costa Marques | 7,99 | 12,50 | 13,50 |
Guaporé | Pedras Negras | 5,05 | 6,97 | (*) |
Machado | Ji-Paraná | 10,50 | 9,84 | (*) |
(*) As cotas de alerta e/ou inundação ainda não foram estabelecidas.