PICO COVID-19
A chegada do pico do COVID – 19 está coincidindo com a chegada do período de estiagem nos estados da Amazônia e com ela as queimadas que devem se tornar mais um elemento agravante para o atendimento de pacientes com doenças respiratórias na rede púbica de saúde em Rondônia.
SOMBRIO
Foi dentro dessa perspectiva que o governador Marcos Rocha pintou um quadro sombrio sobre a situação: para ele, a fumaça das queimadas deverá matar mais gente por problemas respiratórios que o COVID-19. A declaração do governador aconteceu na manhã de hoje durante entrevista a uma emissora local.
CONSCIENTIZAÇÃO
Para o governador, além do trabalho do Exército, do Ibama, e dos órgãos de fiscalização e combate ao fogo não serão suficientes caso não haja a conscientização das pessoas em não atear fogo em suas pastagens, incluindo aí também o lixo doméstico, uma prática comum, mas altamente nociva nos tempos de seca.
CAMPANHAS
Mesmo sem intenção, o governador tocou num ponto crucial sobre a questão das queimadas: a conscientização das pessoas, algo que quase sempre não é possível contar. As campanhas de publicidade do Governo estadual sobre as queimadas na imprensa é um fator certamente educativo e que muito ajuda na conscientização.
SEM PUBLICIDADE INSTITUCIONAL
A questão é que o Governo de Rondônia está sem contrato de publicidade por conta de uma operação do Ministério Público e da Justiça Estadual nas empresas que prestavam esse serviço ao Governo. Tudo está parado, nada é feito e, portanto, o período de queimadas será sem campanha, e sem publicidade.
MP E TJ
Até agora não há nenhum sinal de que o MP e o TJ liberem o contrato da publicidade, o que em tese, irá atingir toda a população direta ou indiretamente sobre os transtornos desse período. É preciso que a Justiça rondoniense perceba o limite de sua atuação frente aos estragos que isso irá provocar.
MALÁRIA
Se por um lado preservar o erário é necessário, o mesmo é exigido do bem-estar da população, pois saúde é um preceito fundamental que não deve ser ignorado. Note-se que além das queimadas, há outras doenças endêmicas como a dengue, a malária, dentre outras que estão com suas campanhas educativas também suspensas.
172 ÓBITOS COVID-19
Se hoje Rondônia possui 172 óbitos com os inúmeros alertas das autoridades, imagine na época do ague das queimadas no mês de agosto. Quem escapou do COVID-19 com o pulmão em frangalhos, certamente não terá uma segunda sorte para escapar da fumaça tóxica das queimadas.
Sem educação, difícil haver conscientização e prevenção.