Na manhã desta quarta-feira (3), o principal articulador financeiro de uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas interestadual, que estava foragido desde a deflagração da Operação Alcance, se apresentou na sede da Polícia Federal de Porto Velho.
A operação foi deflagrada no dia 1 de setembro deste ano, visando desarticular esquema criminoso de envio de carregamento de drogas de Rondônia para a cidade de Fortaleza (CE), assim como núcleo voltado à lavagem de capital proveniente do tráfico sediado em Porto Velho.
Aproximadamente 200 policiais federais cumpriram 102 mandados judiciais. Durante as investigações constatou-se que os integrantes do grupo criminoso atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga através de carretas para o Estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio. Após o cumprimento do mandado de prisão do líder da OrCrim em novembro de 2020 quando usava documento falso, descobriu-se a magnitude das transações.
Sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína. O dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias de interpostas pessoas e empresas, sendo que estas recebiam aproximadamente 3% do valor movimentado. Além das inúmeras identificadas, em uma delas a OrCrim chegou a receber R$1.500.000,00 no interstício de 15 dias.
Há empresa com movimentação financeira de aproximadamente R$ 85.000.000,00 em 2020 sem sequer possuir sede física. Parte do patrimônio estava sendo ocultado através de postos de gasolinas, empresas, garagem de veículos, sítios, jet-ski e imóveis de luxo.
O preso, após ser ouvido pela Polícia Federal, foi encaminhado para o sistema prisional onde responderá pelo crime de organização criminosa e lavagem de dinheiro, por cujas penas somadas podem chegar a mais de 20 anos de prisão.
Outros indiciados seguem foragidos da justiça, permanecendo os mandados de prisão em aberto pendentes de cumprimento.