Uma operação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (18), com objetivo de desarticular um esquema de fraude de licitações em Vilhena (RO), a 700 quilômetros de Porto Velho. Chamada de Operação Blister, a ação cumpre 10 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Eleitoral.
Segundo a PF, a investigação foi iniciada em 2016, quando foi descoberto que uma quadrilha estava fraudando as licitações da prefeitura municipal de Vilhena.
Em nota, a polícia afirma que a “organização criminosa possuía estrutura e articulação suficiente dentro de entes públicos para fraudar licitações e auferir vantagem indevidas”.
Além de Vilhena, os 10 mandados de busca e apreensão são cumpridos em Cacoal, Ji-Paraná, Buritis e Porto Velho.
Como funcionava o esquema de corrupção?
Segundo a PF, as fraudes nos processos licitatórios envolvem a empresa Biocal, que tinha a prática de fazer sobrepreço e, consequente, o superfaturamento nas contratações realizadas pela prefeitura municipal.
A Biocal visava a aquisição de nutrição especializada, medicamentos e materiais penosos destinados a atender as demandas da saúde pública municipal, envolvendo recursos oriundos do SUS.
Após constatar as fraudes, a PF pediu na Justiça o bloqueio de mais de R$ 8 milhões dos investigados.
O G1 tenta contato com a Biocal e com a Prefeitura de Vilhena.
Blister
O nome da operação, Blister, é referente às embalagens de medicamentos que armazenam comprimidos. Segundo a PF, os comprimidos são um dos principais itens das licitações fraudadas pela quadrilha investigada.