A novela do kit alimentação, enviado aos alunos das escolas da rede pública estadual, que estão completando o ano letivo no sistema remoto, devido às restrições da pandemia de covid-19, ganhou mais um capítulo na última quarta-feira (23). A ‘cesta’ é produzida pelo Governo de Rondônia e repassada aos estudantes.
No kit devem ser enviados bolacha água e sal, leite UHT, macarrão, óleo de soja, laranja, banana prata, abobora e iogurte. O valor total, por aluno, soma R$ 43,20. Também seriam entregues peixes.
Porém, alguns pais não estão satisfeitos com os alimentos que são entregues pelas escolas estaduais.
Uma aluna da escola Jorge Teixeira de Oliveira, localizada no bairro Ulisses Guimarães, zona Leste de Porto Velho, recebeu na última quarta-feira(23), o kit prometido pelo governo. O que deveria ser motivo de alegria para ela e a família, se transformou em decepção.
Dentro da ‘cesta’, foram enviados apenas duas abobora, duas macaxeiras, quatro bananas, três laranjas e alguns pedaços de peixe, que segundo o pai, não pesam nem 1 kg. O restante dos alimentos não foi entregue.
Em um vídeo enviado a redação, o pai declara também, que, algumas frutas estavam podres e outras verdes.
Ainda conforme o homem, o kit deveria ter sido repassado em maio deste ano, mas só foi entregue nesta semana. A escola afirmou que o atraso se deu por problema com o fornecedor dos alimentos.
Segundo a família, esta é a segunda vez que a aluna recebe o kit alimentação do governo. O primeiro estava completo e foi entregue no ano passado.
Governo não sabe explicar
Em resposta ao Rondoniaovivo, no mês passado, sobre o mesmo assunto, a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), disse que existe um cronograma de cada escola, e as frutas são entregues através da agricultura familiar.
Quanto aos outros produtos que formam a ‘cesta’ de alimentos perecíveis distribuídas aos estudantes, foi informado apenas que a entrega obedece a uma programação. No entanto, não souberam dizer quando ocorrerá a distribuição desses itens alimentares.
O secretário Estadual de Educação, Suamy Vivecananda, também foi contactado pela reportagem. Ele disse que as frutas estão sendo entregues verdes porque se forem disponibilizadas maduras, têm mais risco de apodrecimento.