Após enfrentar um período crítico de seca histórica no rio Madeira, a Hidrelétrica de Santo Antônio voltou a operar com 100% de disponibilidade. Todas as 50 unidades geradoras da usina estão em pleno funcionamento, sincronizadas com o Sistema Interligado Nacional (SIN). A última vez que a hidrelétrica alcançou essa capacidade foi em abril de 2022.
Durante a crise hídrica de 2023, a hidrelétrica enfrentou desafios inesperados, com a vazão do rio Madeira registrando níveis 50% abaixo da média histórica. A situação obrigou a companhia a suspender completamente as operações em Rondônia, já que o volume de água era insuficiente para o funcionamento das turbinas. No ano seguinte, a seca foi ainda mais severa, considerada a pior dos últimos 60 anos. Nesse contexto, apenas 14% das turbinas da usina puderam operar durante a estimativa.
Apesar das dificuldades, a Hidrelétrica de Santo Antônio mostrou resiliência. Em 2024, mesmo com as limitações, a usina gerou mais de 16 milhões de megawatts-hora (MWh) de energia, garantindo sua posição como a quarta maior geradora de energia do Brasil. Segundo a empresa, essa quantidade seria suficiente para abastecer os estados do Acre e Rondônia por mais de dois anos, ou o estado do Rio de Janeiro por três meses.
A companhia destaca que as manutenções preventivas e o planejamento estratégico foram essenciais para atravessar a crise hídrica com impactos minimizados. Agora, com a retomada da operação total, a hidrelétrica reafirma sua importância no fornecimento de energia ao país, consolidando-se como uma peça-chave no cenário energético nacional.
“Estamos comprometidos em garantir a continuidade do fornecimento de energia mesmo diante de cenários climáticos adversos. O esforço coletivo ajudou na superação dessa crise sem se comprometer com nossa missão de contribuir para a segurança energética do Brasil”, afirmou a empresa em nota.
A recuperação da operação plena da Hidrelétrica de Santo Antônio representa um marco importante para Rondônia e para o setor energético do país, demonstrando a capacidade de adaptação e superação diante dos desafios climáticos e estruturais.
