O Governo de Rondônia pediu apoio à União para o envio de homens das Forças Armadas para reforçar a segurança no estado em regiões de fronteira e presídios. O pedido foi feito durante reunião entre governadores com o presidente da República Michel Temer, em Brasília.
Em entrevista à Rede Amazônica, o governador Confúcio Moura disse que, como cooperação, as Forças Armadas irão fortalecer a fiscalização nas fronteiras e a segurança nos presídios.
No acordo firmado entre o Estado e União, para cada militar a ser pago pelo Governo Federal para reforçar a segurança em Rondônia, serão colocados dois policiais do Estado. Para que esse efetivo seja completo, Confúcio disse que vai contar com policiais em folga e os que se aposentaram recentemente.
As medidas anunciadas pelo governador fazem parte do plano integrado de segurança pública, para o enfrentamento da crise no sistema prisional.
Além do aumento no efetivo policial, o governador mencionou que o Estado também precisa de apoio para custear o sistema carcerário e sugeriu que a União direcione aporte financeiro para ajudar no custeio da manutenção das unidades prisionais. Segundo o Governo, cada detento custa em torno de R$ 2,5 mil ao mês.
“É preciso que o Governo Federal também participe nas despesas, porque grande parte dos presos das nossas cadeias, são presos federais, são presos em decorrência de contrabando, de porte ilegal de arma ou de tráfico entorpecentes, então são presos de competência exclusivamente federal e acaba o estado assumindo esse ônus”, enfatizou o governador.
De acordo com o Governo, o Estado possui em torno de 11 mil detentos e outros 11 mil mandados de prisão para serem cumpridos. Dentre os presos do sistema, 1,6 mil seriam provisórios. Por isso, dentre as medidas em prol da segurança no sistema prisional, o Governo também propôs um mutirão carcerário.
Além do mutirão, Rondônia deve receber o reforço do projeto ‘Defensores sem Fronteiras’, criado pelo Colégio Nacional de Defensores Públicos para atender áreas críticas. Entre março e abril, a iniciativa deve chegar ao estado.