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Rondônia é o 4º estado com o mais elevado nível de transparência e governança pública do Brasil

Dentre os 26 estados, Rondônia é o único da região Norte e Nordeste entre os 5 primeiros.

Por Jornal Rondônia

Atualizado em:

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A transparência é um eficiente instrumento para que o cidadão tenha acesso às informações públicas. É uma das facilidades do século XXI, que minimiza os riscos para a sociedade, e permite às democracias avançar. Neste sentido, Rondônia é um dos estados avaliados com o mais elevado nível de transparência e governança pública.

Pesquisa realizada pelo Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP), segundo a qual cinco estados brasileiros (Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rondônia e Goiás) possuem os índices mais altos de transparência em relação ao total de feitos publicamente na gestão pública federal.

Os governos estaduais têm pouca transparência nas áreas orçamentária e de governança e permitem baixo acompanhamento do uso de recursos públicos e execução de obras. Essa é a principal conclusão do estudo promovido pela seção brasileira da Transparência Internacional, que lança hoje o Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP). O levantamento aponta que nenhum estado brasileiro divulga dados completos sobre a identificação e o repasse de emendas parlamentares e incentivos fiscais, o que reduz a possibilidade de participação e informação dos cidadãos e pode aumentar o risco de corrupção.

LEVANTAMENTO FEITO PELO ÍNDICE DE TRANSPARÊNCIA E GOVERNANÇA PÚBLICA MOSTRA RO EM 4º LUGAR:

ESPÍRITO SANTO 90,4 PTS ÓTIMO
MINAS GERAIS 90,0 PTS ÓTIMO
PARANÁ 89,0 PTS ÓTIMO
RONDÔNIA 85,2 PTS ÓTIMO
GOIÁS 83,0 PTS ÓTIMO
RIO GRANDE DO SUL 78,0 PTS BOM
SANTA CATARINA 74,4 PTS BOM
DISTRITO FEDERAL 74,3 PTS BOM
PERNAMBUCO 74,3 PTS BOM
10º CEARÁ 73,6 PTS BOM
11º PARAÍBA 69,2 PTS BOM
12º SÃO PAULO 67,3 PTS BOM
13º MATO GROSSO 65,9 PTS BOM
14º MARANHÃO 64,7 PTS BOM
15º BAHIA 64,5 PTS BOM
16º RIO DE JANEIRO 61,9 PTS BOM
17º RIO GRANDE DO NORTE 61,1 PTS BOM
18º RORAIMA 59,5 PTS REGULAR
19º ALAGOAS 57,8 PTS REGULAR
20º MATO GROSSO DO SUL 56,2 PTS REGULAR
21º AMAZONAS 56,1 PTS REGULAR
22º TOCANTINS 53,0 PTS REGULAR
23º PIAUÍ 48,8 PTS REGULAR
24º AMAPÁ 42,5 PTS REGULAR
25º SERGIPE 36,2 PTS RUIM
26º PARÁ 30,5 PTS RUIM
27º ACRE 26,7 PTS RUIM

 

Para chegar ao ranking, a Transparência Internacional elaborou uma pontuação a partir de 84 critérios que avaliam transparência e governança pública, divididos em oito áreas — como marcos legais, plataformas, administração e governança, transparência financeira e orçamentária, transformação digital, comunicação, participação e dados abertos.

Segundo o levantamento, apenas Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rondônia e Goiás fornecem imagens e informações sobre responsáveis, valores, contratos, duração e localização para o acompanhamento de obras públicas.

Panorama por estado — Foto: Editoria de Arte

Controle da sociedade
No ranking final, apenas cinco estados foram classificados como ótimos, atingindo as notas mais altas, mas nenhum chegou à máxima de 100 pontos. Na dianteira, ficaram Espírito Santo (90,4 pontos), Minas Gerais (90,0) e Paraná (89,0).

Outros doze estados foram classificados como bons, sete como regulares e três como ruins. Nenhum ente federado foi classificado como péssimo, com menos de 20 pontos.

Para a gerente de Apoio e Incidência Anticorrupção da Transparência Internacional Brasil, Nicole Verillo, a falta de transparência implica em uma relação de desconfiança entre governo e sociedade, além de aumentar o risco de corrupção:

— Os Estados têm papel fundamental para garantir a segurança do trabalho da imprensa e de ativistas que denunciam injustiças e irregularidades. Garantir proteção a quem denuncia e dar acesso à informação pública é uma das melhores formas de empoderar a sociedade para que ela participe, exerça o controle social e contribua para a melhor aplicação do recurso público.

Além da avaliação dos governos estaduais, serão publicadas as avaliações de cerca de 180 municípios do país, em sete estados diferentes. As análises foram feitas por organizações da sociedade civil sob coordenação metodológica da Transparência Internacional.

Apenas um a cada três governadores divulga suas agendas diárias, com reuniões e eventos marcados. Só Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina publicam com antecedência os compromissos diários dos governadores, mas sem o detalhamento necessário em grande parte dos casos.

O índice também mapeou as iniciativas para fiscalização da atividade de grupos de interesse e concluiu que apenas Espírito Santo e Minas Gerais têm algum tipo de regulamentação quanto à prática de lobby.

Outro ponto em destaque no relatório divulgado pela Transparência Internacional é a proteção dada àqueles que denunciam casos de corrupção, mas somente Espírito Santo e Paraná têm regras específicas para proteger os denunciantes.

O Índice de Transparência e Governança Pública será lançado todos os anos e terá ainda avaliações do Poder Legislativo, com lançamento previsto para agosto, e do sistema de Justiça, com previsão de lançamento em 2023.

— Queremos que o índice seja um estímulo para melhorias e que contribua com recomendações para a promoção da transparência no Brasil — disse a coordenadora do Programa de Integridade e Governança Pública da Transparência Internacional Brasil, Maria Dominguez.

Ela diz que, desde a regulamentação da Lei de Acesso à Informação, houve avanços e garantias mínimas na transparência pública. Ao mesmo tempo, vislumbrando os próximos dez anos, muito ainda pode ser aprimorado:

— No sentido de melhorar qualidade e acessibilidade aos dados governamentais, abrir bases de dados chave para a promoção da integridade e promover a colaboração dos cidadãos e cidadãs nos negócios públicos — comentou.

Fonte: Jornal Rondônia

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