A revolta tomou conta das redes sociais em Porto Velho, de comerciantes e lojistas da Avenida Sete de Setembro, principal centro comercial da cidade.
O motivo é o reasfaltamento da via, que acontece durante o dia e com o bloqueio total da passagem de veículos, realizado pela Prefeitura e Secretaria Municipal de Obras (Semob).
Segundo eles, os clientes sumiram de vez da região, pois já há dificuldade para estacionar em diversos pontos da avenida. As vendas já estavam fracas, por conta da crise econômica que apareceu com a pandemia da Covid-19. Agora, estão quase zeradas.
“Em cidades sérias, bem-organizadas e planejadas, esse tipo de obra acontece durante a noite ou madrugada, quando há menos fluxo de veículos. Só aqui em Porto Velho que a gente vê essa palhaçada, o desrespeito com o cidadão que paga impostos em dia”, desabafou revoltado o vendedor de calçados William Lima.
Já o vendedor de sucos e vitaminas, Fabiano Brito afirmou que a Prefeitura não procurou ninguém da Sete de Setembro para fazer algum tipo de consulta e ver qual o melhor momento para recapear a via.
“Totalmente fora de hora esse trabalho. As pessoas já estão deixando de vir ao Centro. Quando vêm, se deparam com essa bagunça gigantesca. Nessa época, fazemos um dinheirinho a mais para o resto do ano. Além de ser Natal, tem as chuvas e a Prefeitura nem veio aqui perguntar o que a gente achava. Poderiam ter deixado pra outro momento”.
Demora
Segundo os empresários e trabalhadores da Sete de Setembro, as máquinas da Prefeitura e Semob estão há mais de uma semana no local.
Ainda de acordo com eles, os dejetos que sobram os trabalhos (principalmente o piche), sujam os pedestres e camelôs na Sete e nas vias secundárias.
A Prefeitura divulgou que o recapeamento começa na Avenida Farquar e vai até a Marechal Deodoro. Não houve previsão do término dos trabalhos.
