Após Lula, grupo de WhatsApp em RO quer executar procuradora da República

Presidente da OAB em Rondônia foi procurado, porquê um dos interlocutores da conversa é suposto membro de seus quadros

Por Rondoniadinamica

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No dia 31 de outubro o jornal veiculou com exclusividade matéria intitulada “Grupo de Rondônia para paralisação de rodovias sugere ‘vaquinha’ para matar presidente eleito com tiro na cabeça”.

O caso reverberou na mídia regional e na imprensa nacional, e, com isso, teve desdobramentos na seara institucional.

O Ministério Público de Rondônia (MP/RO) já investiga as pessoas envolvidas no episódio com procedimento deflagrado pelo procurador-geral de Justiça Ivanildo de Oliveira.

O promotor Tiago Cadore, coordenador do Grupo de Atuação Especial (GAESP), foi designado para apurar os fatos.

Ameaças à procuradora federal

Além de ser hostilizada e ofendida por conta de sua atuação institucional nas investidas contra obstruções ilegais de rodovias em Rondônia, a procuradora da República Gisele Dias de Oliveira Bleggi Cunha também é alvo de diálogos com ameaças de execução.

Na última segunda-feira (07), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) emitiu uma nota pública de solidariedade à representante do Ministério Público Federal de Rondônia (MPF/RO) em decorrência das ofensas perpetradas.

Paralelamente, no grupo “Mercado animais Rondônia”, uma pessoa com o número de telefone com prefixo 69, denominada apenas como “T”, responde o seguinte sobre a foto de Bleggi:

“Vou precisar dos serviços do advogado aí pra fazer uma execução essa semana. Heheheh”.

O suposto advogado responde:

“kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk”.

E sobre a fala de “T” inclui uma figurinha onde uma pessoa coloca munição num revólver com os dizeres “a gente não pode esperar que Deus faça tudo sozinho”.

O que diz a OAB Rondônia

Sobre a eventual participação do advogado na conversa, o Rondônia Dinâmica procurou Márcio Nogueira, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB/RO).

Nogueira tachou a postura do causídico como “inaceitável”.

Ele registrou o repúdio da entidade “à violência praticada ou até mesmo sugerida. Pregamos uma cultura de paz. Somos intolerantes com a violência”, acrescentou.

A reportagem questionou sobre a possibilidade de haver repercussão no campo das sanções profissionais.

“Sem dúvida. O colega está sujeito ao Tribunal de Ética e Disciplina”, encerrou o presidente da OAB/RO.

Assim com o caso de ameaças ao presidente eleito, o site encaminhará as capturas de tela originais às autoridades competentes a fim de que possam promover as devidas investigações sobre as mensagens expostas nesta reportagem.

Fonte: Rondoniadinamica

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