Rússia solicitou a convocação do Conselho de Segurança da ONU para discutir o incidente em Salisbury, onde foi envenenado o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia, informou nesta quarta-feira (4) o representante permanente da Rússia junto às Nações Unidas, Vasily Nebenzya.
“Com base no princípio, que compartilhamos, de que o uso da armas químicas por qualquer um e em qualquer lugar é inadmissível e deve ser investigado e punido, bem como que a impunidade é inadmissível e que o uso desse tipo de arma ameaça a não proliferação de armas de destruição em massa, solicitamos, por determinação do nosso governo, a convocação para amanhã, às 3 horas (locais), de uma reunião do Conselho de Segurança sobre a carta da primeira-ministra da Grã-Bretanha, Theresa May, relacionada ao incidente em Salisbury”, disse Nebenzya ao presidente do CS da ONU durante a reunião.
Ele destacou que uma solicitação oficial, por escrito, será encaminhada ao presidente do órgão “o mais breve possível”.
No dia 26 de março, 16 países da União Europeia, bem como EUA, Canadá, Noruega, Ucrânia e outros países decidiram pela expulsão de diplomatas russos, em retaliação ao incidente em Salisbury, ocorrido no dia 4 de março. O governo britânico acusou Moscou de ter envenenado o ex-espião russo e sua filha com uma substância considerada como arma química. Kremlin nega as acusações.
No dia 3 de abril, o laboratório do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha admitiu que os especialistas não conseguiram determinar a origem da substância A-234 (também conhecida como “Novichok”), usada para envenenar o pai e filha Skripal, segundo as autoridades de Londres.
No mesmo dia, o ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha reconheceu ter implicado Moscou no envenenamento de Salisbury com base em avaliação interna das informações disponíveis. Com informações do Sputnik Brasil.