O Juízo da 1a. Vara Criminal de Porto Velho condenou três pessoas acusadas de arrancar o dedo da vítima durante um assalto com golpes de facão e ainda dar fim no membro amputado como forma de ensino ao pai de família que, segundo eles, foi autor de um roubo de um aparelho celular e uma bicicleta.
Os três foram condenados a penas parecidas pelos crimes de assalto, cárcere privado, corrupção de menores e tortura. Dois menores, um de 16 e outro de 17 participaram da ação criminosa. As penas foram de 15 anos, seis meses e 20 dias, de prisão; 23 anos, 07 meses e 10 dias de prisão; e 14 anos, 02 meses e 20 dias de reclusão.
O crime aconteceu no final da noite do dia 26 de novembro de 2020 no bairro Novo Horizonte, zona sul da capital. Os acusados invadiram a casa da vítima querendo que ela confessasse o roubo dos objetos. A vítima estava dormindo e foi agredida, sendo submetida a um interrogatório sob ameaças de uma arma de fogo e um facão.
Segundo a vítima a sessão de tortura durou das 23h30 até as 3h30 da manhã. Além de ter apanhado muito, os acusados não deixaram que ela fosse até a UPA procurar ajuda com o dedo amputado. A vítima disse que conhece os três, pois já foram vizinhos no bairro e negou que tenha roubado os objetos a qual foi acusado pelo trio.
Enquanto ele era torturado, a esposa e o filho menor do casal eram mantidos presos dentro do quarto ate que a sessão de julgamento terminasse. Uma testemunha confirmou que ficou sabendo sobre o roubo e que a vítima teria sido a autora do furto da bicicleta e do celular e que o bairro todo estava cansado de suas ações criminosas.
Um dos condenados disse em Juízo que a vítima usa droga e que se aproveitou da amizade que possuía para entrar na casa e roubar os objetos. Por isso resolveu dar uma ´prensa´ nele com a ajuda de outros colegas. Ele negou ter ameaçado a vítima com arma, mas admitiu que deu umas ´pranchadas de facão como corretivo´ no acusado por causa do furto.
Uma das confissões mais sinistras dos acusados foi a decisão de cortar o dedo do suposto ´ladrão´. Um dos acusados disse que iria cortar o dedo da vítima para “ela deixar de ser sem vergonha”. O acusado foi quem perguntou à vítima “qual o dedo que ela queria que nós cortasse”, tendo a vítima respondido que fosse “o dedo mindinho”. E assim foi feito, na mesa da residência, Segundo o exame ectoscópico houve “Amputação ao nível de 1ª falange do 5ª dedo de mão direita, com escoriação de aproximadamente 2 cm de comprimento em região parietal esquerda. O crime de assalto ocorreu porque antes deles saírem da casa, eles levaram o celular da esposa da vítima.