O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), Maurão de Carvalho, foi preso nesta quarta-feira (12) em uma ação do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A prisão do ex-deputado está vinculada à Operação Dominó, que investigou um esquema de desvio de recursos públicos durante o período em que Maurão presidia a ALE-RO, entre 2004 e 2005.
O esquema de corrupção que envolvia a participação de quase todos os 24 deputados estaduais da época resultou no desvio de mais de R$ 11 milhões dos cofres públicos. Maurão foi condenado a 11 anos e 7 meses de prisão, além de 501 dias-multa, por crimes como peculato e lavagem de dinheiro. A prisão ocorrerá em regime fechado, conforme determinado pela sentença judicial.
Além da condenação por desvio de recursos da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho tem um histórico judicial controverso, incluindo recentes acusações de envolvimento em incêndios florestais criminosos e como um dos organizadores de manifestações golpistas contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essas ações reforçam a imagem negativa do ex-deputado no cenário político e social do estado.
A Operação Dominó, que desvendou esse esquema criminoso, é um marco na luta contra a corrupção em Rondônia, e o MP-RO segue com esforços para combater a impunidade em casos de crimes envolvendo figuras públicas. O ex-deputado deve cumprir sua pena em regime fechado, e o desfecho dessa prisão simboliza um avanço importante para a justiça no estado.