Na madrugada da última sexta-feira, 11 de julho, um caso inusitado chamou a atenção em Vilhena, no interior de Rondônia. Um rapaz de 19 anos foi detido após invadir a Escola Estadual Genival Nunes da Costa, no bairro Boa Esperança, usando uma peruca preta como suposto disfarce. A atitude levantou suspeitas e mobilizou o vigilante da unidade, que conseguiu conter o jovem até a chegada da Polícia Militar.
De acordo com relatos, o rapaz pulou o muro da escola, localizada nas proximidades da Avenida Paraná, afirmando estar fugindo de traficantes. No entanto, sua versão não convenceu. O vigilante, de 33 anos, que atua por uma empresa de segurança de Porto Velho, percebeu comportamento estranho no invasor e agiu rapidamente para detê-lo.
Uma filmagem do momento da abordagem mostra o jovem, de cabelos claros, utilizando uma peruca escura. Ao ser questionado sobre o acessório, ele alegou que era um disfarce para despistar supostos perseguidores. Apesar disso, nenhuma movimentação suspeita foi constatada nos arredores da escola e os tais traficantes não foram localizados pela polícia.
Mesmo sem sinais evidentes de uso recente de entorpecentes, o rapaz apresentava falas desconexas, o que levou os agentes a suspeitarem que a motivação real da invasão poderia ser uma tentativa de furto. A versão inicial, de que ele buscava abrigo contra ameaças, passou a ser questionada diante da ausência de testemunhas ou indícios de perseguição.
Durante a revista, o jovem não portava armas nem celular. Ele afirmou ser dependente químico e mencionou estar vindo da região conhecida como “Praça do Geraldão”, local que já é associado ao consumo de drogas em Vilhena. O suspeito também possui várias tatuagens pelo corpo, mas não apresenta antecedentes criminais registrados até o momento.
A ação rápida do vigilante foi elogiada pela comunidade escolar, que não teve qualquer prejuízo material ou vítimas na ocorrência. O caso foi registrado na delegacia da cidade, onde o jovem prestou depoimento e permanece à disposição das autoridades para investigação.
O episódio acende um alerta sobre a vulnerabilidade de prédios públicos durante a madrugada, especialmente em bairros com registros de problemas sociais e criminalidade relacionada ao uso de drogas.
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