Um pequeno motim foi realizado pelos presos do regime semiaberto no domingo, dia 19, na única cadeia pública de Cerejeiras. Os presos atearam fogo nos colchões, incendiando duas celas ondem estavam. Alguns presidiários da cela estavam trabalhando e não participaram da ação.
Segundo um agente penitenciário, os presos tocaram fogo nos colchões para exigir o regime domiciliar, em que o apenado fica em casa e não precisando dormir na cadeia.
Com a ação dos presidiários, todos os que participaram do incêndio tiveram regressão da medida cautelar, ou seja, voltaram para o regime fechado. Cinco dos presos, porém, foram transferidos pela Justiça para outras unidades prisionais em Rondônia. Os presos que estavam no trabalho não sofreram penalizações cautelares. As duas celas foram inutilizadas pelas chamas e agora vão precisar de uma reforma.
A cadeia pública de Cerejeiras conta com cerca de 160 presos. Apesar das restrições da prisão, o presídio cerejeirense tem uma estrutura bem melhor que a média das cadeias brasileiras. A direção do presídio, aliado ao trabalho do Conselho da Comunidade da Execução Penal de Cerejeiras (CCEPC) e à assistência dos órgãos judiciais, tenta manter a unidade em boas condições, mas os presidiários parecem não estar contentes e exigem ainda mais.