O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), sob a coordenação da Casa Civil, intermediou a chegada de mais uma remessa de cinco mil e 400 metros cúbicos de oxigênio líquido enviada pelo Ministério da Saúde (MS) às prefeituras do Estado. Desta vez a carga será destinada aos municípios da região do Vale do Jamari.
“Para evitar risco de desabastecimento, desde janeiro a Sesau vem monitorando junto as prefeituras o estoque do insumo disponível na empresa que faz a distribuição do material para as unidades de saúde da rede municipal. Dois ofícios foram enviados no dia 11 de março para o Ministério da Saúde solicitando o remanejamento de oxigênio de Manaus para Rondônia e fomos prontamente atendidos pelo Governo Federal”, explicou Fernando Máximo, secretário da Saúde.
O chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, explica que o oxigênio medicinal será enviado a Rondônia diariamente com apoio do Ministério da Defesa, por meio de isotanques transportado por aeronaves KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB). A operação de desembarque é delicada e envolve militares da Base Aérea de Porto Velho.
O isotanque é retirado lentamente do avião com a ajuda de um guincho e só depois transferido para outro isotanque à empresa distribuidora. “Estamos nos empenhando para dar total apoio aos municípios e atender a população corretamente, conforme determinou o governador, coronel Marcos Rocha”, destaca o chefe da Casa Civil.
Cabe a essas empresas distribuidoras que mantém contrato com as prefeituras fazer a destinação do insumo aos municípios que tiverem mais necessidade. A primeira remessa no último sábado (20) foi enviada para a região de Cacoal, desta vez o oxigênio líquido vai para os municípios do Vale do Jamari.
“Não é o Estado que escolhe para onde vai o material, mas fazemos um apelo às autoridades dos municípios que evitem desperdiçar oxigênio. Os profissionais de saúde precisam cumprir exatamente a prescrição médica feita a cada paciente. A quantidade necessária varia caso a caso. Se foram prescritos três litros por minuto, liberar mais que isso pode não só aumentar o risco de desabastecimento como também prejudicar o paciente”, ressalta o secretário de saúde.
A Sesau esclarece ainda que nas unidades hospitalares do Estado não há risco desabastecimento de oxigênio.
“Ainda em janeiro fizemos a nossa parte. Aumentamos a capacidade de armazenamento nos nossos hospitais. Hoje temos tanques de 45 mil metros cúbicos no Hospital de Base Ary Pinheiro, 32 mil metros cúbicos no Cemetron, 21 mil metros cúbicos em cada um dos hospitais de campanha (Cero e Regina Pacis) e ainda 12 mil metros cúbicos no Hospital Regional de Cacoal”, explica Fernando Máximo.
Além do oxigênio líquido em isotanques, o Ministério da Saúde deve enviar nesta terça-feira (23), 260 cilindros de oxigênio com 10 mil metros cúbicos cada, para atender os municípios do Estado.