Marcos Mion sobre reunião com Bolsonaro “Pensei que seria usado pelo governo”

Marcos Mion contou os bastidores do encontro com o presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, há três semanas, ...

Por Uol

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O apresentador Marcos Mion com o presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro

Marcos Mion contou os bastidores do encontro com o presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, há três semanas, que resultou na promessa de incluir dados sobre autismo no Censo 2020, realizado pelo IBGE. O apresentador, pai de Romeu, garoto autista de 14 anos, disse ao programa Morning Show, da rádio Jovem Pan, que temeu ter sido usado pelo governo antes da reunião.

“Eu fui achando que o governo ia usar a minha imagem para amenizar o ‘não’ para a comunidade autista, para eu ser um ‘porta-voz’ das más notícias, porque o Bolsonaro já tinha tuitado que não achava bom, a presidente do IBGE era contra, mas fomos lá ao gabinete”, disse Mion, que inicialmente tinha sido procurado pela primeira-dama após publicar um vídeo de Romeo pedindo os dados sobre autismo no próximo Censo.

“Bolsonaro olhou para mim e falou: ‘Mion, o que você veio fazer aqui?’. ‘Vim representar a minha comunidade’. ‘O que a comunidade quer?’. Nunca poderia imaginar, mas o presidente jogou a decisão para a minha mão. Eu poderia tomar a decisão que a maioria queria, de não colocar no Censo, colocar na PNAD, e agradar à maioria dos políticos e profissionais que estavam lá, ou eu poderia representar a comunidade autista”, prosseguiu Mion, que reforçou o pedido ao líder do Executivo.

“Falei: ‘Presidente, se você quer realmente pegar essas milhares de famílias no colo e fazer o que a comunidade quer, você vai sancionar essa lei. Deu um silêncio na mesa, porque estávamos há duas semanas conversando e chegado à conclusão de que não ia ser no Censo, mas a comunidade autista queria o Censo. Falei: ‘É isso que você tem que fazer’. Ele falou: ‘Então tá bom, qual é o próximo assunto?'”, continuou o apresentador.

Mion disse que seu partido é o autismo, independentemente de ideologia política ou do governo eleito e elogiou o gesto do presidente, que pediu para transferir a reunião com a primeira-dama para o gabinete presidencial, e a iniciativa de Michelle Bolsonaro: “Se não fosse por ela, nada disso teria acontecido”.

Fonte: Uol

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