Eliminado do “Big Brother Brasil 20” num paredão histórico, Felipe Prior poderá enfrentar uma acusação criminal fora da casa. Usando pseudônimos, três mulheres deram depoimentos à revista Marie Claire, acusando o ex-BBB de estupro e tentativa de estupro entre os anos de 2014 e 2018. Procurado pela reportagem, Felipe ainda não se pronunciou.
Em 2014, uma delas, chamada de Themis pela reportagem, conta que ela e uma amiga aceitaram uma carona de Prior ao sair de um jogo do Interfau, jogos universitários de Arquitetura. Após deixar a outra menina em casa, o ex-BBB teria parado o carro na rua e a estuprado. Segundo o relato, ela chegou a ir ao hospital após o ato e um ano após o ocorrido passou a ter crises de pânico, precisando de apoio para ir e voltar do trabalho.
“Simplesmente coloquei a violência que sofri debaixo do tapete por seis anos. Achei que não lidando com ela, sumiria em mim. Atrasei dois anos da minha faculdade por causa do estupro. Tranquei todas as matérias do curso porque vê-lo todos dias era torturante. Ele é um cara impulsivo, agressivo. O que mostrou no BBB não chega perto do que é na vida real”, disse Themis à revista Marie Claire.
A estudante Freya acusa o ex-brother de tentar estuprá-la em 2016, também nos jogos universitários. Prior teria aproveitado seu estado de embriaguez e, dentro de sua barraca, tentou forçar um ato sexual mesmo sem preservativo.
“Quando começou o BBB, vi um tuíte de uma garota que dizia que o Felipe tinha fama de assediador no Mackenzie. Foi quando entendi que a violência que sofri não era única”, disse Freya.
A terceira mulher que acusa o paulista afirma que foi estuprada em 2018. O ato teria acontecido na mesma situação dos outros dois, no Interfau. Inicialmente, Ísis conta que iniciou relações sexuais de maneira consentida, mas o ex-BBB passou a agir de maneira agressiva e não parou quando ela pediu. Duas testemunhas sustentam a versão da jovem.
“Eu achava que ia superar através do esquecimento. Mas vê-lo na TV me despertou muitos gatilhos e medo de me relacionar com homens”, afirmou Ísis.
Após os casos, a comissão da Interfau baniu o arquiteto dos jogos. Apesar das acusações, nenhuma das mulheres prestou queixa contra Prior na época. As advogadas Maira Pinheiro e Juliana de Almeida Valente representam as três acusantes, que se uniram para formar a denúncia.
As advogadas entraram com um pedido de medidas cautelares para que Felipe fosse proibido de manter contato com as vítimas. A solicitação foi acolhida pela Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo e aguarda julgamento. Segundo a reportagem, como os crimes aconteceram em três cidades diferentes, a investigação poderá ser realizada por um grupo do Ministério Público ou se desdobrar em até três inquéritos diferentes.
Eliminado em paredão disputado
Na última terça-feira, Felipe Prior foi eliminado com 56,73% de rejeição do público, num paredão que mexeu com os ânimos da torcida de famosos. O arquiteto disputou a permanência contra Manu Gavassi e Mari Gonzalez. Nas redes sociais, os famosos se dividiram a favor do paulista, como Neymar e Gabigol, e a favor de Manu, como Marquezine e IZA.
Logo que foi eliminado, Felipe Prior foi avisado por Tiago Leifert de que mobilizou a torcida dos jogadores de futebol e até mandou, ao vivo, um beijo para Neymar. Mais tarde, no hotel, o arquiteto fez um vídeo ao vivo e voltou a falar sobre a torcida dos boleiros e convidou o atleta do Paris Saint Germain para um churrasco. Na quinta-feira, o paulista mostrou no Instagram que conversou com Bruna Marquezine, após a atriz fazer campanha para a sua saída do “BBB20′.