Jon Bon Jovi beijou mais uma. Assim como no Rock in Rio 2017, o cantor deu um beijo na boca de uma fã brasileira no Palco Mundo do Rock in Rio e ainda deu um “tapinha” nela. Mesmo sem uma grande voz, ele encerrou bem a noite de festival.
Ele alcançou neste domingo (29) uma alta taxa de custo/benefício entre uso da voz e satisfação do público. Sua banda, o Bon Jovi, encerrou o primeiro dos dois finais de semana do festival.
Bon Jovi toca “You give love a bad name” no Rock in Rio
Jon economizou a garganta, longe da melhor forma, mas conseguiu agradar de outras formas.
O povo ajudou a cantar, completou as sílabas que o ídolo cantava aos trancos, e saiu feliz com o repertório generoso em músicas antigas. São poucas do disco “This house is not for sale” (2017).
O álbum é “novo”, mas nem tanto. Ele até já tinha sido tocado no Rock in Rio passado. (Eles prometem disco para 2020, mas aí fica para um eventual Rock in Rio 2021.)
Até a “surpresa” do show é igual à do Rock in Rio anterior. Durante “Bed of roses”, uma fã sobe no palco e dança com Jon.
Dessa vez teve até dose dupla. Outra fã subiu e trocou ainda mais carinhos com ele. Passou a mão no cabelo como se Jon fosse um boneco e levou o tapa e o beijo no fim.
Além da plateia, a banda também ajudava muito nos vocais, inclusive um percussionista lá no fundo que nunca aparecia no telão. Mas todos colaboravam no coro coletivo.
O resto dos músicos está em forma, e a banda segura bem mesmo sem o guitarrista Richie Sambora, que brigou com Jon e foi substituído pelo esforçado Phil X.
O novo guitarrista voltou mais à vontade que no Rock in Rio de 2017 e ganha cada vez mais destaque no show.
A falha no vocal principal não é desleixo de Jon. Pelo contrário, ele está sempre concentrado e preocupado em afagar as fãs, presencialmente ou à distancia.
É uma garganta desgastada mesmo, por anos de agudos rasgados e românticos que o hard rock de sua era exigiu.
Jon tem 57 anos, o que não é tanto para o rock de hoje. Mas ele “gastou” demais a voz do jeito errado. Um exemplo brasileiro semelhante é o de Zezé di Camargo.
O povo releva isso e canta junto “You give love a bad name”, “It’s my life” e outras com gosto.
No final, ainda ganham de presente “Always”, que nem estava no setlist e não rolou em 2017. Jon faz a maior cara de esforço, canta aos trancos, mas vai, junto com o coro gigante.
Foi o grande momento do show e o resumo dele. O povo aplaude quase como se fosse um sacrifício de guerra, e depois festeja em “Livin’ on a prayer”. Um encerramento legal do primeiro final de semana de Rock in Rio.