Semanas atrás, Anitta visitou o estúdio do DJ e produtor Papatinho (Cone Crew, Ludmilla etc) localizado na zona oeste do Rio.
Este, por seu turno, lhe mostrou uma preciosidade: vocais isolados de Mr. Catra, um do pioneiros do funk carioca, morto em setembro do ano passado. Era uma série de frases e rimas soltas, com as quais a família pretendia lançar num disco póstumo e assim suavizar a complicada situação financeira pela qual ela está passando.
Papatinho aproveitou os trechos que mais lhe interessavam o melhor deles, claro, fazia menção aos glúteos femininos, bem ao estilo libidinoso de Catra, colocou melodia e adicionou batidas de trap, um estilo mais eletrônico do hip hop.
A ideia de Papatinho era chamar um cantor da vertente romântica do funk. Mas Anitta se empolgou tanto diante da gravação que fez os versos e cantou sua parte ali mesmo no estúdio.
A parceria de Anitta e Catra sob a produção bem ajeitada de Papatinho é justamente a canção da funkeira pop que a rapper americana Cardi B escolheu para fazer uma participação especial. Ela foi pinçada em meio a concorrentes fortes como o também funkeiro Kevin O Chris (o maior nome do funk do Rio da atualidade), os produtores Tropkillaz e a cantora Ludmilla.
Não é difícil entender o porquê da escolha. É pesada, mas com um forte acento pop. O casamento das vozes de Anitta e Catra soa tão natural que até parece que foi feito antes da morte do rapper.
Os rendimentos da canção deverão ser repassados para a família de Mr. Catra. Abaixo, a emoção de Papatinho ao saber que sua faixa havia sido escolhida para celebrar a parceria de Anitta e Cardi B.