A Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir) e o Instituto Federal de Rondônia (Ifro) tiveram quase R$ 650 milhões cortados de seus orçamentos nos últimos dez anos, conforme revela dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI).
Os repasses congelados pelo Ministério da Educação (MEC) correspondem a despesas não obrigatórias, também chamadas de discricionárias.
O levantamento mostra que, entre 2009 e 2019, a Unir foi quem teve o maior corte da verba educacional no estado: R$ 333 milhões no total.
Segundo o MEC, o menor bloqueio no orçamento da universidade ocorreu em 2009: R$ 8,3 milhões.
Depois disso, os cortes na Unir cresceram significativamente e em 2017 atingiram seu recorde. Ao todo, naquele ano, R$ 48 milhões deixaram de ser repassados pelo Governo Federal à Unir.
O Ifro também teve cortes milionários nos últimos anos. Segundo os dados do MEC, só em 2016 foram bloqueados R$ 48,7 milhões do orçamento, sendo este o maior congelamento vivenciado pelo instituto.
Ao todo, entre 2010 e 2019, o Instituto Federal de Rondônia teve R$ 314 milhões cortados pelo MEC. Assim como ocorreu com a Unir, os cortes do Ifro aumentaram durante sete anos seguidos.
O corte mais baixo do instituto foi registrado em 2010, um total de R$ 9 milhões. O segundo menor bloqueio acontece neste ano: R$ 13,6 milhões. O MEC não informou o valor congelado do Ifro em 2009
Com os bloqueios financeiros ‘sofridos’ na última década, o Ifro e Unir precisaram pensar em novas formas de poupar recursos e assim manter os cursos funcionando.