A produção de petróleo no Brasil registrou um crescimento de 1,1% de janeiro para fevereiro de 2025, atingindo 3,488 milhões de barris por dia, conforme os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta terça-feira (1º), no Rio de Janeiro. Esse aumento representa uma recuperação comparada ao mês anterior e também é 1,2% superior ao mesmo período do ano passado, fevereiro de 2024.
Dessa produção, a maior parte — 78,6% — vem da camada do pré-sal, com 2,74 milhões de barris extraídos diariamente. Os campos marítimos continuam a ser os maiores responsáveis, correspondendo a 97,4% do total da produção nacional.
Produção de gás natural registra queda de 1,2%
Enquanto a produção de petróleo teve um aumento significativo, o gás natural apresentou uma queda de 1,2% em fevereiro, comparado a janeiro de 2025. Apesar da queda mensal, houve um aumento considerável de 6,8% quando comparado com o mesmo mês do ano passado, fevereiro de 2024. A produção de gás natural foi de 158,76 milhões de metros cúbicos por dia.
Destaques da produção
O pré-sal foi responsável por 79,4% da produção nacional de gás natural, atingindo 126,02 milhões de metros cúbicos por dia, com os campos marítimos respondendo por 87,1% da produção de gás.
Entre os campos, o campo de Tupi, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior responsável pela produção de petróleo e gás, com 760,73 mil barris de petróleo (representando 21,8% da produção nacional) e 38,17 milhões de metros cúbicos de gás (24% da produção total) por dia.
A FPSO Guanabara, plataforma localizada no campo de Mero, na Bacia de Santos, também se destacou, sendo responsável por 183,58 mil barris de petróleo (5,3% do total do país) e 12,03 milhões de metros cúbicos de gás (7,6% do total).
Perspectivas para o futuro
O crescimento na produção de petróleo reflete a contínua expansão das operações no pré-sal, que segue desempenhando um papel crucial no abastecimento de energia do Brasil. Contudo, a queda na produção de gás natural em comparação com janeiro levanta questões sobre a necessidade de ajustes nas operações ou investimentos para manter o crescimento sustentável no setor de gás.
Imagem: Andre Ribeiro/Agência Petrobras
