A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (14) que a plataforma P-78 deixou Singapura com destino ao campo de Búzios, localizado na área do pré-sal da Bacia de Campos, a cerca de 180 km da costa do Rio de Janeiro. A unidade será a sétima a operar no campo, considerado um dos mais produtivos do Brasil.
A bordo, já segue uma tripulação brasileira, que será responsável por adiantar os procedimentos técnicos, o comissionamento dos sistemas e o treinamento da equipe durante o trajeto. Essa prática não era adotada pela estatal desde 1999 e tem como objetivo antecipar em duas semanas o início das operações da plataforma, previsto para dezembro deste ano.
A P-78 é uma plataforma do tipo FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência), com capacidade para produzir até 180 mil barris de óleo por dia e comprimir 7,2 milhões de metros cúbicos de gás natural diariamente. A estrutura foi construída em diferentes países da Ásia e teve seus módulos integrados e comissionados no estaleiro Benoi, da empresa Seatrium, em Singapura.
Com previsão de chegada ao Brasil na segunda quinzena de setembro, a P-78 deve elevar a capacidade instalada de produção no campo de Búzios em 18%, chegando a cerca de 1,15 milhão de barris por dia.
Atualmente, seis plataformas estão em operação no campo: P-74, P-75, P-76, P-77, Almirante Barroso e Almirante Tamandaré.
Pré-sal: motor da produção nacional
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o pré-sal já responde por cerca de 80% da produção de petróleo e gás no país. Desde sua descoberta em 2006, a região tem desempenhado papel estratégico para a soberania energética brasileira, com poços que produzem um óleo leve, de alta qualidade e alto valor comercial.
O início da produção se deu em 2008, no campo de Jubarte, também na Bacia de Campos. Os reservatórios do pré-sal ficam a profundidades entre 5 mil e 7 mil metros abaixo do nível do mar.
A construção da P-78 envolveu estaleiros na China, Coreia do Sul, Singapura e Brasil. O casco foi montado em Yantai e Hayang (China) e em Ulsan (Coreia do Sul). Os blocos foram integrados na Ásia e, em seguida, enviados para Singapura, onde foram comissionados, incluindo um dos módulos finalizados em Angra dos Reis (RJ).
A operação reforça a estratégia da Petrobras de ampliar sua produção com eficiência, segurança e sustentabilidade, aproveitando o potencial dos campos do pré-sal brasileiro.
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