A taxa média de juros cobrada por bancos e instituições financeiras em suas operações com pessoas físicas e jurídicas registrou avanço de 0,7 ponto percentual em fevereiro deste ano, para 44,23% ao ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29/3) pelo Banco Central (BC).
Trata-se do maior nível dos juros bancários desde agosto de 2017, quando a taxa média era de 45,59%. A série histórica do BC teve início em 2011.
Para as empresas, a taxa média de juros avançou para 24,2% ao ano, alta de 2,7 pontos percentuais em 12 meses. Já para as famílias, o juro alcançou 58,3% ao ano, aumento de 10,2 pontos percentuais. É o maior nível desde outubro de 2017 (58,9% ao ano).
Como o Metrópoles mostrou, ao fixar em 1,97% ao mês o teto do juro do empréstimo consignado para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o governo deverá causar aumento nas taxas cobradas nos demais empréstimos.
Cheque especial e cartão de crédito
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa de juros saltou de 132% ao ano para 137,4% ao ano entre janeiro e fevereiro de 2023. É o maior patamar registrado desde janeiro de 2020 (140,8% ao ano).
Já nas operações com cartão de crédito rotativo, os juros médios cobrados pelos bancos foram de 411,4% (em janeiro de 2023) para 417,4% (em fevereiro). Também é o maior nível desde agosto de 2017 (428% ao ano).