O dólar fechou em queda nesta terça-feira (2), com a melhora nas perspectivas de flexibilização das medidas de isolamento social na China . Além disso, investidores seguem monitorando os passos da equipe de transição do governo Lula.
A moeda norte-americana recuou 1,43%, negociada a R$ 5,2880. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar encerrou cotado a R$ 5,3645, após registrar baixa de 0,85%. A segunda-feira foi marcada por um pregão de poucos negócios por conta do jogo do Brasil na Copa do Catar.
Com o resultado desta terça, a moeda norte-americana passou a acumular alta de 2,37% no mês frente ao real. No ano, tem queda de 5,14%.
O que está mexendo com os mercados?
O dia positivo para o real frente ao dólar foi consequência, sobretudo, do bom humor no cenário internacional.
Após uma série de protestos na China contra a política de Covid zero, notícias de que o governo do país pode flexibilizar as medidas de restrições e acelerar a vacinação de pessoas idosas tranquilizaram os mercados, que reagem positivamente neste pregão – o que favorece ativos de risco, como o mercado de ações e as moedas de países emergentes, em relação a outros considerados mais seguros, como o dólar.
Na zona do euro, a confiança do consumidor apresentou leve melhora. Em novembro, o indicador subiu alguns pontos, de -27,6 para -23,9, mas permanecendo em patamar negativo.
No cenário doméstico, a pauta fiscal segue tomando conta dos mercados. Nesta segunda, a equipe de transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou ao Congresso a PEC da Transição, que, entre outros pontos, prevê que o custeio de R$ 600 do Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) fique de fora do teto de gastos pelos próximos quatro anos.
Para virar lei, a PEC precisa ser votada e aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Ainda no Brasil, a manhã desta terça contou com a divulgação de alguns indicadores econômicos importantes. A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,56%, que mede a inflação do aluguel, caiu 0,56% em novembro – a quarta queda consecutiva.
A FGV também divulgou os indicadores de confiança do comércio e do setor de serviços. Em novembro, a confiança do comércio teve um forte recuo de 10,8 pontos, caindo aos 87,2 pontos, o menor nível desde abril. Já a confiança de serviços caiu 5,4 pontos, aos 93,7 pontos, menor patamar desde março. A instituição destaca os fatores econômicos e políticos como principais impeditivos para uma melhora no sentimento das empresas.