Divertido para uns, insuportável para outros, é assim o 1º de abril, Dia da Mentira, que neste sábado traz mais uma rodada de pegadinhas, causos e histórias falsas. Tanto quanto qualquer lorota que você ouvirá na data, a origem desta “celebração” não tem comprovação.
Uma das teorias mais populares é que o Dia da Mentira surgiu na França, no século XVI. Antes de 1564, o Ano Novo era comemorado no dia 25 de março, que coincidia com a celebração da chegada da primavera. Em 1564, o rei Carlos IX mudou a data do Ano Novo para 1º de janeiro, seguindo o calendário gregoriano.
No entanto, muitas pessoas continuaram a celebrar o Ano Novo na data anterior. Essas pessoas eram ridicularizadas pelos que adotavam a nova data e passaram a receber presentes estranhos e convites para festas que não existiam, tornando-se alvo de brincadeiras.
Outra teoria sugere que o Dia da Mentira tem origem na cultura celta, que celebrava o equinócio da primavera, também em 1º de abril. Os celtas acreditavam que o equinócio da primavera era um dia de renovação e renascimento, e por isso faziam brincadeiras e contavam mentiras para celebrar o início de uma nova estação.
No Brasil, a tradição foi introduzida em 1828, com o noticiário impresso mineiro “A Mentira”. Ele trazia em sua primeira edição a morte de Dom Pedro I na capa e foi publicado justamente em 1º de abril.
Embora a verdadeira origem do Dia da Mentira seja desconhecida, a tradição se espalhou por muitos países ao longo dos anos e continua a ser uma parte importante da cultura popular em muitas regiões do mundo.
Apesar da permissão lúdica no dia 1º de abril, a mentira pode se tornar hábito e degradar relações sociais. Em tempos de ampla difusão de conteúdos na internet, uma mentira pode ser considerada até mesmo fake news – notícias falsas ou com dados manipulados deliberadamente para enganar ou enviesar as conclusões do leitor – e ser punida legalmente.
O uso exacerbado de mentiras pode indicar transtorno de personalidade e fragilidades psicológicas que necessitam ser trabalho.