Os trabalhadores em educação estaduais de Rondônia, em greve desde o dia 21/02, ocuparam o prédio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) em Porto Velho na manhã desta sexta-feira, 23/03.
A manifestação, que tomou conta de corredores do Palácio Rio Madeira (CPA), é um protesto contra a falta de resposta do governo às reivindicações contidas na proposta de Plano de Valorização da categoria, entregue ainda em dezembro ao governo.
A administração do governador Confúcio Moura se recusa a cumprir a Lei federal nº 11.738/2008 (lei do piso salarial do Magistério), a Lei nº 3.565/2015, que instituiu o Plano Estadual de Educação, e a Lei Complementar nº 680/2012, lei do Plano de Carreira da educação.
No início da ocupação houve princípio de confronto quando agentes de segurança do prédio tentaram impedir a entrada dos trabalhadores.
A categoria está revoltada com o silêncio e o descaso do governo diante das reivindicações.
O movimento de greve tem a adesão de mais de 85% dos trabalhadores em educação em todo o estado, e não tem data para terminar.
A presidente do Sintero, Lionilda Simão, disse que o governo vem demonstrando total falta de compromisso com a educação, embora a valorização da categoria tenha sido prometida reiteradas vezes pelo governador Confúcio Moura.
“É compreensível a revolta dos trabalhadores em educação. É possível entender por que a categoria decidiu, por unanimidade, manter a greve. O único responsável pelas consequências da greve é o governador Confúcio Moura, que se nega, inclusive, a dialogar com o sindicato”, disse.