Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a nuvem de tempestade conhecida como cumulonimbus se organizou sobre a área urbana de Porto Velho no começo da tarde e foi a responsável pela forte e rápida chuva.
A nuvem de tempestade se organizou devido ao forte calor e alta umidade presente na atmosfera no norte do estado. Conforme explicou o Sipam, momentos antes da chuva cair a temperatura chegou aos 33ºC e a umidade relativa do ar estava em 60%.
O Sipam estima que os ventos passaram de 50 km/h, força suficiente para destelhar dezenas de casas, arrancar árvores e derrubar postes.
As nuvens carregadas também despejaram uma quantidade absurda de água em vários pontos da cidade, alagando ruas e avenidas.
Mas o que é a nuvem cumulonimbus?
Ela é a única que produz raios e granizo – e está associada com temporais. Segundo especialistas, essa nuvem chega até o topo da atmosfera, podendo ter uns 15 km de comprimento.
Quando atinge o ‘topo limite’, a nuvem não consegue mais subir e acaba indo para os lados, gerando um aspecto de cogumelo ou de bigorna.
O excesso de calor na atmosfera e a umidade do ar elevada são os principais ‘ingredientes’ para a formação dessas nuvens.
Segundo o Sipam, o cumulonimbus se forma mais facilmente nos meses de verão amazônico, devido à grande disponibilidade de calor e de umidade na atmosfera.
Durante a passagem dessas nuvens, é comum a ocorrência de chuva forte, raios e trovões. Também é comum a ocorrer de pedras de gelo, como aconteceu em Porto Velho nesta quarta-feira.
Normalmente, dentro dessas nuvens acontece não só a formação de descargas elétricas, mas a queda de granizos, pois é uma nuvem com deslocamento vertical (veja na imagem abaixo).
Em meia hora de chuva nesta quarta-feira, Porto Velho registrou um acúmulo pluviômetro de 12mm.
Apesar disso, o Sipam afirma que “o volume de chuva está dentro do previsto de acordo com o prognóstico climático elaborado, onde espera-se chuvas abaixo da média para este mês de setembro em decorrência do fenômeno El Niño e das águas mais aquecidas no Oceano Atlântico Tropical Norte”.