TRISTEZA – Jovem manda vídeo ao pai antes de morrer: “Dia dos Pais é todo dia”

Morte de Phelipe Francisco Lourenço, de 24 anos, é investigada pela Polícia Civil. Gravação é o último registro que a família teve do rapaz

Por Banda B

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Um vídeo mandando recado para o pai, ainda na noite de sábado (13/8), durante evento na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba (PR), é o que a família tem de lembrança de Phelipe Francisco Lourenço, de 24 anos. A comemoração de Dia dos Pais não veio, pois o rapaz acabou morto. A família acredita que ele tenha sido agredido. Veja o vídeo abaixo.

Em nota, a organização do evento universitário Muvuca afirmou que o rapaz foi visto nas imagens das câmeras de monitoramento pulando o muro lateral externo do evento e seguindo até uma área de acesso restrito. Confira nota completa ao final desta reportagem.

O único vídeo que a família teve acesso até agora é o que Phelipe enviou para o pai. Em tom de brincadeira, o rapaz aparece feliz e deixa recado para o pai, também celebrando pelo Dia dos Pais. O rapaz demonstra estar bem animado e fala que dia dos pais é todo dia.

“Pai, me desculpa, não consigo falar agora. Dia dos pais é amanhã, mas dia dos pais é todo dia, amanhã é só um detalhe, só um nome. Tamo junto”.

ASSISTA AO VÍDEO:

Entenda o caso
A morte de Phelipe aconteceu pouco tempo depois, ao fim do evento que reuniu milhares de pessoas na Pedreira Paulo Leminski. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte do jovem, que era estudante de engenharia mecânica.

De acordo com a família, o jovem deixava o Muvuca na noite deste sábado (13) e, com marcas de agressão, foi retirado do lago. Encaminhado ao pronto-socorro, ele não resistiu.

Consta no boletim de ocorrência, registrado na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que o médico que fez o atendido apontou parada cardíaca como causa da morte. Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde informou o jovem foi encaminhado à UPA do Boa Vista por uma empresa privada de ambulâncias, mas já chegou ao local em óbito. “Tentaram reanimar, sem sucesso. O corpo foi para o IML [Instituto Médico Legal]”.

Irmã da vítima, Joice Alexandra Guerra procurou o jornal e disse acreditar que Phelipe foi espancado. “Brutalmente bateram nele, espancaram e jogaram no lago. Não tem como ele cair lá, como estão falando, porque tem grade ali. Alguém jogou ele no lago”, afirma.

Phelipe morava com a mãe na Avenida Anita Garibaldi, no bairro Ahú, e retornava para casa quando tudo aconteceu. Socorrido, o jovem foi inicialmente encaminhado à UPA Boa Vista. A mãe dele foi chamada e apenas recebeu a notícia da morte.

Ajuda com custos do enterro
O velório de Phelipe está sendo em uma das capelas do Cemitério Municipal São Francisco de Paula, no bairro São Francisco. O enterro está previsto para 16h desta segunda-feira (15).

Para ajudar com os custos do velório e do enterro, a família pediu ajuda pelas redes sociais. Segundo os familiares, quem puder ajudar pode fazer a contribuição por PIX.

“Peço um favor, para quem gostava, conhecia ou se sensibilizou com o ocorrido! Estamos fazendo uma vaquinha para ajudar nos gastos funerais. Quem puder, qualquer ajuda será muito bem vinda”, disse a irmã do rapaz, Aigia Letcia Guerra.

Protesto
Douglas Letnar Filho esteve com a vítima no evento e conta que tudo aconteceu após o encerramento. “A gente estava indo para a saída e um cordão de isolamento foi feito. Eu encontrei o Phelipe, dei um abraço nele e achei que estava tudo certo. Ficamos esperando do lado de fora, porque ele não apareceu. Como ele mora perto, a gente fez o percurso até a casa do Phelipe, mas não o encontramos”, lamenta.

Letnar conta que esteve com Phelipe em todos os momentos do evento e não sabe o que pode ter acontecido. Os amigos questionaram ainda durante a noite onde Phelipe poderia estar e foram informados que o jovem teria entrado em um local proibido, próximo a tirolesa.

Durante o protesto, alguns manifestantes se exaltaram e chegaram a quebrar vidraças na loja de turismo. “Mataram meu irmão e jogaram no lago. Cadê o segurança agora?”, questionou um dos manifestantes.

A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já iniciou a investigação do caso.

O que diz a organização
A organização do Muvuca se posicionou por nota sobre o ocorrido:

A organização lamenta o triste fato ocorrido após o encerramento do evento realizado sábado (13), e informa que está contribuindo com as autoridades na apuração dos fatos. As imagens registradas pelas câmeras de monitoramento demonstram que, após o encerramento do evento e saída total do público, o jovem retornou ao complexo da Pedreira pulando o muro lateral externo e se dirigindo a uma área de acesso restrito, que faz divisa com a Ópera de Arame, local onde ocorreu a queda. Nas imagens não foram encontrados sinais de confronto ou agressão contra o jovem.

No mesmo instante em que foi identificado o acidente, as equipes de socorristas prestaram os atendimentos emergenciais e deslocaram o jovem, ainda em vida, até o hospital mais próximo, por meio da ambulância presente no local.

As equipes policiais poderão, por meio das imagens, elucidar o fato ocorrido de forma adequada.

Toda a equipe de produção está consternada com este triste acontecimento e presta votos de solidariedade aos amigos e familiares, além de continuar a prestar todos os esclarecimentos para as autoridades.

Fonte: Banda B

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