Em operação contra a pedofilia nas redes, a Polícia Federal identificou um homem que estava negociando a venda da própria sobrinha para um grupo de pedófilos russos. Segundo a delegada Paula Nery, o homem “levaria a menina em um parque e iria simular o desaparecimento da criança”. As autoridades não informaram de onde ele era e nem se foi preso.
A ação faz parte da operação da PF batizada de Black Dolphin (Golfinho Negro, em português), que combate o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. A PF investiga a atuação de uma máfia russa que estaria agindo no Brasil para traficar menores para a Europa, onde seriam explorados sexualmente.
Ainda de acordo com a delegada, membros deste grupo praticavam estupros, filmavam o crime e vendiam as imagens na deepweb – ‘camada’ da internet que não pode ser rastreada e amplamente usada para o cometimento de crimes, incluindo venda de armas, vídeos de pedofilia e até encomenda de assassinatos.
Um homem chegou a ser preso em flagrante no Rio de Janeiro com vasto material contendo cenas de estupro de crianças e adolescentes. A Black Dolphin foi deflagrada no Rio, em São Paulo, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.
PRISÃO BLACK DOLPHIN
Segundo a PF, a operação foi batizada de Balck Dolphin porque os investigados consideram que “as leis brasileiras são ridículas” e que “não haveria prisão, no Brasil, capaz de segurá-los”. Os suspeitos disseram ainda que somente a prisão Colônia 6 Russa, conhecida como Black Dolphin, poderia mantê-los encarcerados.
A Black Dolphin é um presídio localizado na fronteira da Rússia com o Cazaquistão é conhecida mundialmente por abrigar presos condenados à prisão perpétua e pelo rigor no tratamento dos reclusos.