Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão focados em julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda neste ano, buscando evitar que o caso interfira nas eleições presidenciais de 2026. A estratégia inclui a análise da denúncia apresentada pelo ministro Alexandre de Moraes e uma reestruturação na agenda da Primeira Turma do tribunal.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e outras 33 pessoas sob acusação de conspiração para um golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições. O próximo passo é a decisão do STF sobre a admissibilidade da denúncia. Caso seja aceita, os acusados passarão a responder formalmente pelo caso e serão convocados para apresentar sua defesa.
O processo deve envolver oitivas de testemunhas e interrogatórios, podendo se estender devido ao alto número de depoentes. Após as alegações finais, a Suprema Corte definirá a data do julgamento, que será conduzido por Alexandre de Moraes.
A denúncia tem como base um relatório da Polícia Federal, que aponta tentativas de obstruir a posse de Lula e supostos planos para um golpe, além de ameaças contra o presidente e outras autoridades. Segundo as investigações, Bolsonaro teria conhecimento e respaldo sobre as estratégias articuladas por um general da reserva, agravando sua situação judicial.
O julgamento promete ser um dos mais relevantes do ano e poderá impactar significativamente o cenário político nacional, influenciando diretamente a corrida eleitoral de 2026.
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Foto: Masteus Bononi/Agif/Estadão Conteúdo