Traficantes do Plano Piloto passaram a usar o Wickr, aplicativo mais seguro e sofisticado do que o WhatsApp, para anunciar a venda de entorpecentes, fazer transações e combinar a entrega dos produtos.
Segundo investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), os criminosos são jovens moradores de Brasília, de classes média e alta, especializados na venda de substâncias sintéticas para usuários de alto poder aquisitivo.
A PCDF mapeou a ação dos criminosos, que distribuem as chamadas drogas “gourmet” em festas e shows promovidos nas áreas nobres da capital. No aplicativo, os traficantes chegam a gravar vídeos ao vivo para os usuários e, assim, demonstrar a qualidade dos produtos.
Arquivos obtidos pela PCDF que não chegaram a ser deletados pelos suspeitos mostram os traficantes manipulando porções com alto teor de pureza, de acordo com os criminosos.
Em um dos vídeos, o traficante afirma que os tabletes de cocaína são tão puros que precisam ser quebrados com alicate e britadeira. “Cada tijolo desse tá avaliado mais do que a grama do ouro. Nóis tá quebrando isso aqui é com chave de fenda. O negócio tá tão cabuloso que a gente tá usando é alicate. Tem que quebrar com britadeira”, afirma um dos bandidos.
Em outra live compartilhada com seus contatos, o suspeito de revender a droga no Plano Piloto diz que é fim de semana e que garante a venda da cocaína mais pura do DF.