A Ford lançou nesta terça-feira (15) a picape Maverick no Brasil, um dos modelos mais populares da montadora nos Estados Unidos. No entanto, diferentemente da América do Norte, em que a picape é uma das mais baratas do mercado — em torno de US$ 20 mil (R$ 103 mil), segundo números da KBB —, por aqui, ela chegará pelo preço único de R$ 239.990.
Isso, em comparação com outros modelos no mercado, significa um valor 18% mais caro do que a Ranger, com preço inicial de R$ 203.190, e quase o dobro do modelo de entrada da Fiat Toro, que sai por R$ 137.990.
É importante ressaltar ainda que a Ford lançou a Maverick apenas em sua versão premium no Brasil, a Lariat LX4 — as configurações XL e XLT foram deixadas de lado. Também não há previsão de que a montadora americana disponibilize por aqui a encarnação híbrida da picape.
A Maverick já está disponível para test-drives nas concessionárias da Ford no país. A entrega prevista é de 70 dias.
Design exterior
Como já tínhamos revelado no ano passado, o visual da Ford Maverick segue o padrão esperado: grade dianteira robusta — que alude a elementos antigos da montadora americana, como a F-150 dos anos 90 —, linhas quadradas, capô alto e imponente e caixa de rodas bulbosa.
A traseira remete à da Ranger, mas a caçamba é um pouco mais baixa, o que é um ponto positivo, pois facilita o acesso. Ela vem com dois compartimentos de carga acima das rodas, protetor e ganchos de fixação. A capota marítima não é de série e a capacidade é de 617 quilos — um pouco mais do que a Fiat Strada CVT.
Ainda na traseira, as lanternas seguem um design tradicional. Um detalhe fica para a placa de licença, que foi deslocada para a direita por conta do gancho de reboque posicionado no centro. Há ainda dois ganchos na frente da Ford Maverick com “estrutura veicular reforçada”, diz a montadora. A capacidade de reboque na picape é de 499 quilos.
As rodas são aro 17 de liga leve com design esportivo e na cor preta. A picape traz ainda a inscrição da configuração Lariat no para-lamas.
Espaço interno
Embora não seja tão alta quanto a Ranger, o espaço interno da Ford Maverick não deixa devendo em comparação a outras picapes no mercado. O entre-eixos, por exemplo, é cerca de 90 mm maior do que o da Fiat Toro, ainda que ambas tenham quase a mesma altura (1,733 mm da Maverick x 1,739 mm da Toro) e largura (1,844 mm x 1,845 mm). Para motorista e passageiro, a folga disponível para as pernas é de 1,087 mm, enquanto para a fileira de trás é de 937 mm.
Falando sobre os assentos, os bancos são de couro na cor marrom. O motorista tem oito posições com ajuste elétrico e volante com ajuste de profundidade e altura, enquanto o passageiro tem direito a seis posições com ajuste manual. Atrás, há um descansa-braço na parte central que traz mais comodidade e uma série de porta-trecos nas laterais, que acomodam garrafas de até 1 litro e duas de 600 ml.
Por último, a Maverick possui, abaixo do banco traseiro, um compartimento de 73 litros para guardar bagagens adicionais e afins. Ela é feita de plástico duro (um componente que reverbera por todo o espaço, é preciso ressaltar), mas a Ford garante que o material é de fácil higienização, além de ser preparado com adaptadores para acessórios.
Conectividade e segurança
No Brasil, a Ford Maverick chega com painel de tela digital de 6,5” e Sync 2.5 com tela de 8”. A picape tem ainda o aplicativo FordPass, que apresenta uma série de interações interessantes como partida remota com climatização, travamento e destravamento, sistema de geolocalização e status do veículo (autonomia e odômetro) e das pressão dos pneus.
A picape conta ainda, no quesito de segurança, com sete airbags com detecção inteligente de ocupantes, detecção de pedestres e ciclistas, controle eletrônico de estabilidade e assistentes de partida em rampa e de frenagens de emergência e pós-colisão.
Ajustes na suspensão e motorização
Para o lançamento do modelo no Brasil, a Ford realizou uma série de adaptações na suspensão traseira da Maverick. Desta forma, a divisão de engenharia da montadora por aqui reforçou o sistema com batentes hidráulicos para evitar quedas de roda quando a picape entre em contato com o asfalto irregular. Houve ainda adaptações no para-choque traseiro por conta da placa Mercosul e no retrovisor com piscas integrados.
O motor, como já se sabe, é um EcoBoost 2.0 turbo com injeção direta, potência máxima de 235 cavalos a 5.500 rpm e torque máximo de 38,7 kgfm a 3.000 rpm. Com 0 a 100 km/h em 7s2, a Maverick possui velocidade máxima de 175 km/h (limitada eletronicamente), tração 4×4 e câmbio automático de oito velocidades.
O motorista possui ainda cinco modos de condução: normal, rebocar/transporte (em que as trocas de marcha são otimizadas para aumentar a rotação do motor e a faixa de torque); escorregadio (em que o controle de tração é aumentado e o mapa do acelerador é otimizado com torque mais suave); lama/terra (maior rotação do motor) e areia (mais torque para melhor desempenho e indicado para terrenos erosivos).
Em termos de consumo, segundo o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), a Ford Maverick bebe 8,8 km por litro na cidade e 11,1 km por litro na estrada, sempre com gasolina.