A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prendeu, em flagrante, neste sábado, o pai e a madrasta de Mel Rhayane Ribeiro de Jesus, de 6 anos, levada morta ao Hospital Naval Marcílio Dias, em Lins de Vasconcelos, na Zona Norte, na tarde desta sexta-feira. Rodrigo Jesus França, de 25 anos e Juliana Mayara Brito da Silva, de 20, vão responder pelo crime de homicídio qualificado pela tortura, pela morte da criança, que era vítima de maus tratos.
De acordo com a Polícia Civil, a menina teve diversas lesões constatadas por peritos, como a falta de um pedaço da orelha, além de ferimentos no tornozelo e nas mãos, dando a entender que ela era amarrada e chicoteada há algum tempo. Os policiais também descobriram que o pai tirou a criança da escola para que outras pessoas não percebessem as agressões.
Para a delegada Cristiane Carvalho, o pai confessou o crime e justificou a violência como correção de um suposto comportamento sexual alterado da menina. Rodrigo também afirmou que ela teria sido estuprada e que deixava a criança amarrada para não ter contato com os outros filhos do casal.
Na delegacia, a madrasta, Juliana Mayara Brito da Silva, negou as acusações e foi presa por omissão às agressões.
Pai pediu para ser preso
Na sexta-feira, Rodrigo Jesus França levou a criança já sem vida ao Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, pedindo para que fosse preso. O pai da menina estava com medo de ser linchado por cerca de 15 pessoas que o aguardavam no lado de fora da unidade de saúde.
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Mel Rhayane chegou ao hospital com sinais de desnutrição, feridas espalhadas pelo corpo, marcas de corrente, ânus exposto e a orelha cortada. Rodrigo deu mais de uma versão para justificar o estado de saúde da filha e foi detido. Ele estava com a guarda da menina há seis meses.