Em um caso que chocou Cuiabá, Nataly Helen Martins Pereira, de 28 anos, foi denunciada pela 27ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá por oito crimes, incluindo feminicídio e subtração de recém-nascido. Ela é acusada de matar a adolescente Emilly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, grávida de nove meses, e roubar o bebê no dia 12 de março.
Veja imagens e entenda o caso completo aqui.
Crimes denunciados:
Nataly foi denunciada pelos seguintes crimes:
- Feminicídio
- Tentativa de aborto
- Subtração de recém-nascido
- Parto suposto
- Ocultação de cadáver
- Fraude processual
- Falsificação de documento particular
- Uso de documento falso
O promotor de Justiça Rinaldo Segundo afirmou que o crime praticado configura feminicídio, pois Nataly tratou Emilly como um “objeto reprodutor”, com total desprezo pela vida da jovem e pela sua autonomia. Segundo a investigação, Nataly manteve contato com a vítima por meses, com o único objetivo de monitorar a gestação e se apossar do bebê, com um tratamento cruel e desumano.
O crime e as investigações
Na segunda-feira (24), a Polícia Civil concluiu o inquérito, indiciando Nataly por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. Laudos periciais confirmaram que Emilly foi asfixiada e sofreu outras agressões, incluindo marcas de socos no rosto e sinais de contenção nos punhos e tornozelos. O corpo da vítima foi encontrado em uma cova rasa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.
A acusada também simulou uma gravidez durante meses, apresentando exames falsificados e fotos adulteradas, a fim de enganar os familiares de Emilly. A jovem foi atraída com a promessa de doações para o bebê e levada até o local onde foi assassinada.
A recém-nascida e os desdobramentos
Após passar por exames no Hospital Beneficente Santa Helena, a recém-nascida teve alta médica no sábado (15). Ela agora está sob os cuidados da avó materna e do pai. Durante seu interrogatório, Nataly confessou o crime, alegando que agiu sozinha com a intenção de ficar com o bebê.
O caso continua sendo investigado, e a polícia trabalha para apurar a possível participação de outras pessoas no crime, como o marido, irmão e amigo de Nataly, que foram inicialmente ouvidos e liberados.