Um menino de apenas três anos, identificado como Davi Gustavo Marques de Souza, morreu na noite dessa terça-feira (26) depois de ser espancado pela mãe, Luana Marques Fernandes, de 25 anos, e pela companheira dela, Fabíola Pinheiro Bracelar, 22 anos. O caso aconteceu em Nova Marilândia (270 km de Cuiabá), onde as mulheres e o menino moravam.
A criança era vítima de maus-tratos há muito tempo, segundo a polícia. Inclusive o pai, Gustavo de Souza, registrou um boletim de ocorrência em julho deste ano denunciando a mãe do menino, depois que buscar o filho e notar que ele estava com várias marcas de mordidas e ferimentos pelo corpo.
À época, a mãe alegou que os ferimentos haviam sido causados por uma queda do filho. Apesar de já ter registrado um boletim anteriormente, agora o pai também foi denunciado por omissão de socorro, já que ele saberia das agressões.
Dessa vez, Davi Gustavo foi levado para o Pronto-Atendimento, já sem vida, pela companheira da mãe. Ele estava com escoriações e hematomas pelo corpo. Logo depois que ele deu entrada, a Polícia Militar foi acionada.
Fabíola, no entanto, apenas deixou o menino no hospital e foi embora. Os policiais, então, começaram uma busca por ela, que foi encontrada com a mãe da vítima, na casa onde moram, no Bairro Planalto, em Nova Marilândia.
As duas foram encaminhadas para o quartel da PM até a chegada da Polícia Civil.
Conforme o boletim de ocorrência, a polícia recebeu informações de que o menino era constantemente agredido pelas mulheres e que o avô dele havia ligado para um agente informando que o neto estava sendo agredido.
Presa, a companheira da mãe alegou que o menino havia reclamado de dores e ela o socorreu levando para o Pronto-Atendimento e que os ferimentos haviam sido causados em uma queda de bicicleta, enquanto a fratura no fêmur que ele apresentava teria sido em uma queda, jogando futebol.
Quando o boletim estava sendo confeccionado, porém, duas testemunhas apareceram e relataram que ficaram alguns dias com Davi Gustavo na casa delas e ele havia contado que a fratura do fêmur havia sido causado por um atropelamento causado pela companheira da mãe, que o prensou no portão da casa.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, quando a criança sofreu o atropelamento, ela foi levada para o pai, que, devido à gravidade da lesão, levou o filho para Cuiabá, onde o médico confirmou que a fratura não poderia ter sido causada em um jogo de futebol, mas sim em um atropelamento, pois o fêmur estava quebrado em vários locais.
O pai tirou fotos das lesões da criança, que também estava com a costela quebrada. Apesar disso, o menino continuava morando com a mãe e com a companheira dela e, por isso, o pai foi denunciado por omissão de socorro.
A mãe do menino, Luana, tem outro filho, um bebê ainda de colo. Quando os policiais tentaram encontrá-lo, ele havia sido deixado com uma amiga da mãe para amamentá-lo, mas ela nem sabia dizer onde essa mulher estava com o bebê, “demonstrando total descuido”, consta no boletim de ocorrência.
O bebê foi deixado aos cuidados de uma das testemunhas de maus-tratos a Davi Gustavo, que precisou dar um banho no bebê no quartel da Polícia Militar, em razão de ele estar sem os cuidados de higiene necessários.
A companheira, Fabíola, ainda cuida do filho de uma irmã dela, mas havia deixado na casa da mãe, avó do menino. O Conselho Tutelar foi acionado para averiguar a situação da criança.
O caso foi registrado como homicídio doloso, tortura cometida contra criança, maus-tratos com resultado de morte e omissão de socorro e será investigado pela Polícia Civil.
Na minha opinião, crimes como esse são dignos de pena de morte. *Bebês* e *Crianças* são indivíduos absolutamente indefesos, portanto, incapazes de se defender. Qualquer pessoa, seja homem ou mulher (independente de raça ou etinia), que venha a atentar contra a vida deles deve ser condenada a morte.
A pena mais justa para esse tipo de gente.