Acusado de transmitir o vírus HIV de propósito para mulheres, o vigilante Leovaldo Francisco da Silva, de 37 anos, passou por audiência de instrução e julgamento na quarta-feira (27), no Fórum de Pontalina, no centro de Goiás, a 127 km de Goiânia. De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), ele segue preso.
Durante a audiência, a defesa do vigilante solicitou vista dos memoriais do processo e, por isso, ainda não houve sentença, segundo o MP. Agora, a Justiça aguarda a devolução dos documentos em um prazo de até 5 dias para se manifestar.
O homem foi denunciado pelo Ministério Público por lesão corporal que provoca enfermidade incurável contra duas vítimas e pela tentativa do mesmo crime contra quatro vítimas.
A Polícia Civil indiciou Leovaldo por lesão corporal gravíssima pela transmissão do vírus no dia 30 de março deste ano. Segundo a investigação, ao todo, oito mulheres procuraram a delegacia para registrar ocorrência, sendo que quatro já confirmaram que estão contaminadas.
De acordo com a investigação, as vítimas ficaram sabendo que Leovaldo tinha o vírus após terminarem o relacionamento. Ele namorava as mulheres sem contar nada.
Em depoimento, Leovaldo negou que transmitia a doença de forma intencional para as mulheres. A investigação descobriu que ele sabia que tinha o vírus desde 2021, mas não havia procurado a rede pública de saúde para fazer tratamento.
O Metrópoles não encontrou contato da defesa dele até o momento em que este texto foi publicado, mas o espaço segue aberto para manifestações.