Golpista é preso após enganar modelos em hotel de luxo

Segundo denúncia, homem pediu a modelo transferências via Pix e realizou compras no cartão de crédito dela após observá-la digitando a senha

Por Metrópoles

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Após a denúncia de uma modelo, o empresário Matheus Rodrigues Azin foi preso por estelionato e corrupção ativa. Segundo uma das vítimas, além de pedir transferências por Pix, o homem teria feito compras no cartão de crédito dela. As contas teriam ultrapassado R$ 10 mil.

O homem foi preso nessa segunda-feira (5/12), no Rio de Janeiro. De acordo com a polícia, ele ludibriou a vítima, para que ela fizesse diversas transferências de dinheiro para conta de terceiros e, posteriormente, subtraiu o cartão da vitima e utilizou para jantar em restaurante de luxo em um hotel na Zona Sul.

Em depoimento, a modelo relatou à que chegou ao Rio de Janeiro no dia 25 de novembro. Após conhecer Matheus, por meio de um amigo em comum, ela manteve um relacionamento afetivo com ele. No dia seguinte, o rapaz pediu que a moça fizesse uma transferência bancária por Pix no valor de R$ 3.600 para comprar ingressos para uma festa, alegando que sua conta estava bloqueada.

Em seguida, ao comprar um drink no bar do hotel de luxo em que estavam, ele teria visto a senha digitada por ela na máquina. Na mesma noite, Matheus teria efetuado pagamentos com o cartão da modelo em, pelo menos, três estabelecimentos no total de R$ 9.700.

A vítima contou ainda que, após tomar café da manhã no hotel, no dia 1º de dezembro, foi avisada que Matheus teria ido embora do estabelecimento e precisou pagar R$ 1 mil pelo consumo dele no local. Três dias depois, a vítima disse ter descoberto, pelas redes sociais, que outras mulheres haviam caído em golpe semelhante aplicado pelo rapaz e que ele teria um comportamento parecido com ela, fazendo com que acreditasse que ele efetuaria o pagamento dos valores devidos.

Matheus Rodrigues Azin enganou outras mulheres. Uma das vítimas do golpista é a empresária e modelo Brenda Gondacki (na imagem em destaque). Nas redes sociais, ela exibiu um print de mensagem enviada pelo delegado Rodrigo Santoro, responsável pela investigação, onde ele pergunta se ela também foi vítima de Matheus e pede que ela vá à delegacia formalizar a denúncia. “Aqui se faz, aqui se paga. Que a Justiça seja feita”, escreveu.

Ofereceu R$ 10 mil para não ser preso
Nas redes sociais, Matheus exibe uma rotina de viagens a destinos nacionais e internacionais de ostentação, como Trancoso, na Bahia; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Tulum, no México, e Maldivas. Na Polícia Civil de São Paulo, ele é investigado em pelo menos cinco inquéritos também por estelionato.

Ao ser preso, ele ofereceu aos policiais civis R$ 10 mil e um relógio para que não fosse conduzido à delegacia.

O delegado Felipe Santoro acredita que após a prisão do acusado outras vítimas devem se encorajar a denunciá-lo. “Trata-se de um criminoso contumaz, que se aproveita da boa aparência para atrair mulheres e delas subtrair valores e informações bancárias e assim manter a rotina de luxo, que inclui produtos e serviços de alto padrão”, disse o investigador.

O delegado alerta ainda para a importância de não passar dados pessoais a pessoas desconhecidas, para evitar golpes. “É importante que todos fiquem atentos para não manter relações tampouco fornecer dados pessoais a estranhos para que não se tornem novas vítimas de golpes semelhantes”, disse Felipe Santoro, titular da 9ª DP (Catete).

Fonte: Metrópoles

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