Uma cena chocante marcou o enterro de Lígia Suely Lopes de Oliveira, de 43 anos, vítima da covid-19, na qual suas filhas, em prantos e gritos de dor, pedem perdão, e clamam para ter a mãe de volta, na última sexta-feira (05), em Alto Araguaia (415 km da Capital). Uma delas teria passado a doença para mãe, e outros cinco familiares, incluindo o avô Joaquim José de Oliveira, de 74 anos, que também morreu com coronavírus.
O Repórte MT conversou com o prefeito de Alto Araguaia, Gustavo de Melo Anicézio, que confirmou as infecções e mortes na família de Lígia. Segundo o gestor, um familiar contraiu a doença e passou para o restante da família.
Informações não oficiais aponta que a filha da vítima contraiu a doença após ir à casa de uma amiga, onde acontecia um churrasco.
Pai e filha foram transferidos para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Casa, em Rondonópolis (212 km da Capital), local em que faleceram.
Joaquim ficou uma semana internado e morreu no dia 26 de maio, dia que sua filha Lígia testou positivo para doença, passou mal e foi encaminhada para UTI. Depois de uma semana, ela que era hipertensa não resistiu e perdeu a luta para o coronavírus.
Conforme levantamento da Vigilância de Saúde do município, a família entrou em isolamento domiciliar no dia 16 de maio. Eles foram submetidos a testes, em que seis apontaram positivo para Sars-cov-2.
Lígia Suely testou negativo, mas durante a recuperação, começou a ter sintomas, fez novo exame que resultou positivo e foi internada no dia 26 de maio.
O prefeito contou que os quatros infectados da família já estão recuperados. Gustavo apontou que Lígia era uma pessoa querida na cidade, foi funcionária pública e estava atuando em uma Associação Comercial e deixa filhas e netos.
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