O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, formado pelos Estados da região, decidiram que irão negociar diretamente com os países europeus que financiam o Fundo Amazônia depois que mudanças propostas pelo governo federal levaram a Noruega e a Alemanha, principais investidores, a suspenderem os repasses ao Brasil.
Em nota divulgada no final de semana, o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), que também é presidente do consórcio, disse que os governadores da região lamentam que as posições do governo do presidente Jair Bolsonaro tenham levado à suspensão dos recursos e que já informaram ao governo federal a intenção de conversar diretamente com os países doadores.
“Os governantes do bloco amazônico desejam participar diretamente das decisões para reformulação das regras do Fundo Amazônia, que estão sendo feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Queremos, ainda, que o Banco da Amazônia passe a ser o gestor financeiro do Fundo, em razão da proximidade da instituição financeira com os Estados, já que o Banco da Amazônia possui sede em todas as unidades do bloco”, diz a nota.