A mais recente rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), revelou que 57% dos brasileiros desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Trata-se da pior marca registrada desde o início do atual mandato. A aprovação do petista está em 40%, enquanto 3% não souberam ou não quiseram responder.
Apesar da alta desaprovação, os números mostram estabilidade em relação à última pesquisa: a rejeição subiu apenas um ponto percentual, enquanto a aprovação caiu na mesma proporção.
Entre os entrevistados, 45% avaliam que o governo está pior do que o esperado e 61% acreditam que o Brasil está na direção errada — índice que era de 50% em janeiro deste ano.
Base do governo também apresenta queda na aprovação
A pesquisa revelou queda na aprovação até entre os grupos tradicionalmente mais alinhados ao presidente. Veja alguns destaques:
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Mulheres: 54% desaprovam o governo.
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Pessoas com até o Ensino Fundamental: 47% desaprovam.
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Quem recebe até dois salários mínimos: 49% desaprovam.
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Católicos: Pela primeira vez, desaprovação (53%) supera aprovação (45%).
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Indecisos politicamente: 61% desaprovam, antes 59% em março.
A única região onde Lula ainda é aprovado é o Nordeste, com 54% de aprovação. No Sudeste, região mais populosa do país, a desaprovação chegou a 64%.
Percepção da economia tem leve melhora
Mesmo com a piora na avaliação política, houve avanço na percepção econômica:
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Caiu de 56% para 48% o percentual de brasileiros que acreditam que a economia piorou.
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A percepção negativa sobre o preço dos alimentos caiu de 88% para 79%.
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Sobre combustíveis, o número caiu de 70% para 54%.
Escândalo do INSS afeta imagem do governo
A pesquisa também mediu os efeitos do escândalo envolvendo fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo o levantamento:
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82% dos entrevistados disseram ter conhecimento das denúncias.
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Entre esses, 31% consideram o governo Lula responsável pelos desvios.
A fraude foi revelada pelo portal Metrópoles, que mostrou o crescimento anormal de arrecadações com mensalidades descontadas de aposentados, chegando a R$ 2 bilhões em um ano. O caso motivou investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), além da Operação Sem Desconto, que culminou na demissão do então presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
A pesquisa ouviu mais de 2 mil brasileiros com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto