A crueldade aconteceu no dia 20 de março e os suspeitos foram presos na última quarta-feira, 20 de abril. A criança teve o corpo queimado durante o ritual macabro que, segundo a polícia, visava evocar espíritos malignos e perversos, algo ligado ao satanismo. No hospital, os familiares disseram que ela havia sofrido um acidente ao tentar manipular a churrasqueira dos avós, o que gerou desconfiança nos médicos pela gravidade dos ferimentos (todos letais).
A Polícia Civil, então, passou a investigar a fundo o caso e concluiu que a família participava de rituais satânicos.
O delegado do caso, Murilo Cézar Antonini Pereira, disse que a mãe da menina também deu entrada no hospital da cidade com queimaduras. O motivo sustentado por todos era o de que a criança se queimou na churrasqueira e a mãe, ao tentar salvá-la, também foi vítima das chamas. Porém, eles se esqueceram da competência da polícia e da perícia, que identificou indícios de que a história não era bem essa.
“Após laudos periciais e colhermos depoimentos de várias testemunhas, descartamos a hipótese de acidente doméstico em um churrasco, envolvendo álcool e churrasqueira, e passamos a investigar o caso como um crime. As investigações demonstraram que a vítima teria participado de ritual de evocação e incorporação de espíritos malignos, na companhia dos avós, da tia e da mãe, sendo que um líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente ateado fogo, usando uma vela e queimando-a viva”, disse o delegado.
Os avós, a tia, a mãe e o líder espiritual foram presos temporariamente e submetidos a exames de corpo de delito.
Eles estão sendo investigados por homicídio doloso, quando há intenção de matar.