Na última quinta-feira (02/03), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), confirmou que o caso da vaca louca descoberto no Pará é um caso atípico, ou seja, sem risco de transmissão. Essa possibilidade já era dada como real pelo ministério, que aguardava apenas a confirmação do resultado do exame.
Os procedimentos para informar a Organização Mundial de Saúde Animal (OMS) e as autoridades chinesas já foram iniciados pelo governo brasileiro. Na semana passada, o Brasil suspendeu as exportações de carne bovina para a China após a confirmação do caso. A suspensão seguiu o protocolo sanitário entre os dois países e as vendas serão retomadas.
Uma forma atípica de encefalite espongiforme bovina ocorre em animais mais velhos espontaneamente da natureza, ao invés de classicamente transmitida pela ingestão de ração contaminada.
“Por se tratar de um caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de 9 anos de idade, e com todos os cuidados sanitários tomados prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está tomando as providências imediatas nos termos da lei. protocolos de instalações sanitárias para retomar as exportações brasileiras de carne bovina o mais rápido possível”, disse o Mapa em nota.
Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de doença da vaca louca, causada pela ingestão de carne e pedaços de ossos contaminados. A doença da vaca louca, causada por um príon, uma molécula de proteína sem código genético, é uma doença degenerativa. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a um cogumelo. Daí seu nome científico, encefalite espongiforme bovina.
