A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso encontraram, na tarde de quinta-feira (16), o crânio da bebê de seis meses, jogada em poço pelos próprios pais.
O crime aconteceu em Tabaporã (645 km de Cuiabá), no dia 27 de dezembro, segundo testemunhas.
De acordo com o delegado Albertino Félix Junior, responsável pelo caso, a cabeça da criança já estava em estágio avançado de decomposição. Ela foi localizada em um poço desativado e encaminhada para perícia na Politec de Sinop (500 km de Cuiabá).
Conforme a Polícia Civil, uma tia e a avó materna da criança foram ouvidas na delegacia também na quinta-feira. Elas não moram em Tabaporã. A avó é quem cria outros três filhos da mulher acusada pelo assassinato.
A expectativa da polícia é que as investigações sejam concluídas nos próximos dias e o inquérito em algumas semanas.
Depois de fugirem de Mato Grosso, a mãe da criança e o marido – que não é o pai biológico -, foram presos em Jataí (GO), no dia 9 de janeiro. À polícia, eles confessaram o crime.
O caso
As buscas pelo corpo da bebê começaram no dia 9 de janeiro, um dia depois que a polícia passou a investigar o caso.
A denúncia foi levada inicialmente ao Conselho Tutelar, depois que moradores da cidade estranharam o desaparecimento da criança. Conforme o delegado Albertino, até uma tia do acusado chegou a procurar a delegacia.
Albertino revelou que testemunhas teriam visto o casal próximo ao Rio Sereno, que passa na cidade, com um carrinho de bebê. Entretanto, não souberam informar se a criança estava dentro. Depois, já viram o casal sem o objeto.
Outras testemunhas também comentaram que o casal teria sido visto pedindo carona na estrada, no fim de dezembro, sem o bebê.
Nas primeiras ações da Polícia Civil, os agentes encontraram, no mesmo dia, o carrinho boiando no rio.
Partes do corpo da criança foram encontradas na noite do dia 9, depois que os pais do bebê foram presos com auxílio da polícia de Goiás. Em Jataí, eles confessaram o crime e indicaram o local onde a criança estava.
“Nós nunca tínhamos presenciado uma situação tão triste como essa”, chegou a comentar o delegado.
Segundo Albertino, os pais alegam que a criança teria morrido depois de ingerir um medicamento. No entanto, a polícia diz que as informações não são precisas e trabalha com a hipótese de um homicídio doloso (quando há intenção de matar).
O casal foi autuado em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e responderá por homicídio qualificado.